Naquela noite de 1977,
Maria havia saído mais tarde de seu trabalho e, como acontecia, quase todas as
noites da época, Belém estava às escuras devido ao péssimo funcionamento de sua
empresa de energia elétrica.
Ela pôs-se a apertar os
passos enquanto caminhava pela rua deserta e escura próximo ao antigo Cemitério
da Soledade; não tanto por medo, pois Maria era uma mulher corajosa, mãe de
nove filhos, mas porque poderia perder o ultimo ônibus que a levaria para o
aconchego de seu lar, veículo onde Maria poderia dar um bom cochilo, descansar
um pouco, antes de chegar em casa e fazer comida para seus filhos e o marido.
Ao dobrar a Avenida
Gentil com a 9 de Janeiro, Maria percebeu uma luz vermelha estranhamente parada
do outro lado da rua, em uma parede de prédio, que lhe chamou atenção. Após
alguns segundos de caminhada percebeu que a luz passou acompanha-la do outro
lado da rua. Resolveu então apressar os passos, pois temia ser motivo de
brincadeiras de algum engraçadinho mal intencionado que se aproveitava da rua deserta
e às escuras para amedrontá-la, foi quando viu também que a luz aumentou sua
velocidade, passando a acompanhando-a com a mesma velocidade. Ao longo do trajeto,
parou para ajeitar o sapato que havia dobrado um pouco na altura de seu
tornozelo, foi quando percebeu que a luz vermelha também havia parado de se
mover. Olhou para os lados na esperança de desvendar de onde vinha aquela
lanterna tão potente, sem nada descobrir. Chamou alguns palavrões na esperança
que fossem ouvidos por aquele filho da mãe que insistia em divertir-se as suas
custas. Seguiu seu caminho novamente olhando sempre para o lado, em direção a
luz, foi quando percebeu que a luz estranhamente havia se apagado. Maria
respirou aliviada, pois sabia que finalmente tinha conseguido sair do foco do
engraçadinho que insistia lhe seguir com a luz daquela lanterna, foi quando
olhou para os seus sapatos e percebeu espantada que a luz estava agora entre
seus pés. Correu em disparada, sendo acompanha lado a lado pela luz misteriosa;
tropeçou em um buraco na calça, e, caída, pode finalmente perceber, horrorizada,
que a misteriosa luz vermelha vinha do céu, bem sobre sua cabeça, de algo
prateado, reluzente...
Naquela noite Maria não
chegou em sua casa. Seu corpo foi encontrado na manhã seguinte, estranhamente
sem uma gota de sangue, atacada por aquilo que ficou conhecido como o
Chupa-Chupa.
Embora esta seja uma
narrativa fictícia feita por mim para ilustrar boatos que amedrontavam a
população de Belém nos fins da década de 70. O certo é que o pânico se apossou
de nossa cidade. Pessoas evitavam sair à noite; acender velas e fósforos, pois
acreditavam que pequenas fontes de luz era suficiente para atrair as luzes
vermelhas que, como vampiros vindos do céu, sugavam mulheres até sua última
gota de sangue: Belém estava em pânico. Porém o medo que assolou nossa cidade
tinha se originado de pequenas cidades do interior do estado do Pará: Colares e
regiões próximas.
Uma Vítima do Chupa-Chupa |
Em colares estranhos feixes
de luzes havia atacado mulheres, e delas retirado quantidade de sangue por meio
de orifícios em seus seios esquerdo; testemunhos desses ataques havia se
espalhado por Belém; o que originou a ida de militares da aeronáutica para
estudar o fenômeno. E, sem dúvida alguma, em nenhum lugar do mundo o contato
com supostos seres extra terrestres se tornaram tão intensos quanto o que
ocorreu nessa pequena parte do Brasil.
Conheça um pouco mais sobre o caso assistindo o vídeo abaixo:
Conheça um pouco mais sobre o caso assistindo o vídeo abaixo:
Nenhum comentário:
Postar um comentário