Há
quem tema o gato preto ao cruzar a rua; o grasnar de um corvo em um bosque
sombrio; o pio de uma coruja em uma noite triste, ou o voo de um morcego por
entre os túmulos de um velho cemitério à luz da lua... São para muitos símbolos
do mal, de que algo ruim irá acontecer a qualquer instante. Mas nada disso
temia Arnold, o que ele temia era algo que, diferente destes animais, era terrível
e invisível e do qual ninguém poderia escapar: a MALDIÇÃO DO NÚMERO 13.
13
de setembro de 1874.
Em
Viena, Áustria, nasce Arnold Schoenberg, famoso compositor, um dos responsáveis
pela moderna música erudita, com sua biografia obrigatoriamente estampada em
enciclopédias sobre a história da música.
Aos
oito anos de idade Arnold já compunha suas primeiras melodias, e foi também quando
passou a ser tomado por uma estranha mania pelos números...
Schoenberg
acreditava que por meio dos números podia adivinhar o dia de sua morte. E como havia
nascido em um dia 13, passou a cismar que este número também estava ligado ao
dia de sua morte. Obsessivo, combinou todos os números que somados daria 13. E quando
havia passado dos 67 anos, um pensamento possessivo tomou-lhe a mente: Arnold passou
a acreditar que morreria aos 76 anos, pois 7+6 é igual a 13.
Arnold e Família |
E
foi com extrema angustia que via, a cada dia, se aproximar o ano em que faria
76 anos. Contudo, foi-lhe impossível evitar de chegar a tal idade. E quando o
fatídico ano chegou, Schoenberg temeu todos os dias treze daquele ano, porém um
lhe foi terrivelmente especial, e lhe encheu a alma do mais puro horror ao ver
no calendário que o dia cairia numa sexta-feira 13.
Quando, finalmente, o dia começou com uma manhã cinzenta e fria, Schoenberg relutou em
sair da cama, não pelo frio, ele queria evitar algo imprevisto, não daria
nenhuma chance para a morte até que o dia acabasse fingindo-se de morto, e assim
enganaria a morte.
E
ao acreditar que o dia havia terminado, sua mulher, que não dava atenção para
suas teimosias, foi-lhe avisar de seu estúpido erro; encontrou-o ainda deitado
na cama. Arnold abriu os olhos, disse-lhe apenas “harmonia” e faleceu
misteriosamente. Ao olhar para o relógio do quarto sua esposa verificou que era
ainda 11:47, e que ela que havia se enganado, pois ainda faltavam 13 minutos
para a meia-noite. E assim morreu Schoenberg no dia 13 de julho, aos 76 anos,
em uma sexta-feira 13 de 1951, faltando 13 minutos para que o dia terminasse.
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