Casas antigas parecem
mesmo fazer parte de nosso imaginário, nos causando fascínio ou medo, o certo é
que torna-se impossível ficar-se indiferente a elas, ao seu clima fantasmagórico, tanto que algumas tornaram-se
verdadeiros personagens em filmes de terror.
Como esquecer, por exemplo, da
casa sinistra, com janelas que mais parecem dois olhos ameaçadores do filme HORROR EM AMITYVILLE, ou do Motel Bates do clássico PSICOSE, com sua solidão na
total ausência de vizinhos, em que você poderia gritar e ninguém lhe ouvir?
Em PSICOSE a velha casa
dos Bates aparece como uma metáfora para a mente humana com seu porão e sótão que como o inconsciente humano guardaria velhas lembranças e segredos
inconfessáveis, tanto que a maior parte do filme se passa em seu térreo,
deixando para desvendar o maior de seus segredos quando os personagens adentram
seu sótão. E lá, entre móveis antigos e empoeirados jaz guardado sob sete
chaves o terrível segredo que o jovem proprietário, Norman Bates, tenta
esconder a todo custo, até de si próprio.
Nessas velhas casas é
como se a memória de seus proprietários estivesse impregnadas em suas paredes,
em seus móveis, em seus quartos, com seus fantasmas a arrastar correntes em
seus corredores, em seus quartos, e de vez em quando dar uma ligeira espiadela por meio de alguma janela.
Há uma velha teoria que
diz que quando fortes sentimentos são vividos em determinados lugares, isso
manterá as pessoas ligados a eles, mesmo após a morte, daí originando os
fantasmas, as velhas almas penadas que assombram velhos casarões como estes.
Não sei se isto é verdade, mas que eles nos fascinam, ah!, isso é a mais pura
verdade.
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