domingo, 16 de setembro de 2012

UM BELO BANQUETE DE CARNE HUMANA



UM BELO BANQUETE DE CARNE HUMANA
ATENÇÃO: este conto pode ofender a sensibilidade de alguns. Leia por sua conta e risco.

San Francisco, Estados Unidos, 1894.
Aqueles eram tempos difíceis: tínhamos que dividir emprego com os milhares de imigrantes que chegavam de todas as partes do mundo, a cada dia. E para dois “velhos” bêbados como nós, as coisas tornavam-se muito mais difíceis. Até que eu, John Smith, e meu velho amigo, Big Jack, encontramos empregos como ajudantes de convés, no navio Steamer Tacoma, do capitão John Davis.
O trabalho era bastante pesado e cansativo, mas nos recompensava: conhecíamos muitas cidades, e mesmo muitos países. E embora nem sempre pudéssemos conhecê-las e nos divertirmos nelas, tínhamos comida e um teto para morar, o que já valia muito.
Em certa ocasião, viajamos de San Francisco para Hong Kong, na China. Ao chegarmos em Hong Kong, encontramos uma cidade desolada, que, logo na chegada, algo nos chamou atenção: não havia nenhum animal de estimação, nem mesmo cachorros, gatos e ratos de rua. A fome obrigava os pobres a comerem tudo que se mexia.
Imediatamente ao desembarcarmos, tomamos um porre daqueles!, sempre evitando comermos o que nos oferecia, com todo o cuidado para não ofendê-los.
*  *  *
Após perdermos a hora, retornamos para o navio, nos surpreendendo ao verificarmos que este já partira. Desolados e bêbados, voltamos para as ruas de Hong Kong, novamente.
Os dias se passavam e não conseguíamos meios para voltarmos, ou irmos para outros países, e muito menos um alimento digno. Até que, por uma questão de sobrevivência, aceitamos a comida que nos era oferecida.
Não sabíamos se era a fome ou o modo como eram preparados, pois cachorro assado não nos pareceu nada mau, chupávamos até os ossos!
Adaptados como já estávamos àquela culinária exótica, daquele país, comíamos sem perguntar a fonte de tais alimentos, até como um meio de evitar nos frustrarmos.
Porém, um dia, após mais uma refeição incrivelmente saborosa, contornei a pequena sala, onde nos era oferecido os alimentos, indo direto para a cozinha.
Ao avistar aquelas panelas enormes de comida, que borbulhavam ao sabor do fogo, não tive dúvidas, e quis saber qual a fonte daqueles maravilhosos pratos. Ao suspender aquela enorme tampa de panela, tive uma enorme surpresa: TRÊS CABEÇAS HUMANAS flutuavam ao sabor das borbulhas, à esmo.
Foi, então, que descobrimos que o que tínhamos comido até então fora carne humana, já que cachorros e gatos tinham acabado há muito tempo.
A fome era tanta, em um país tão populoso quanto a China, que crianças com menos de doze anos eram vendidas, em Hong Kong, como comida.
Nas ruas, crianças nunca estavam seguras. Os pais as escondiam, afim de mantê-las vivas.
Você podia, naqueles tempos, fazer seu pedido, em qualquer restaurante, que imediatamente um menino ou uma menina eram imediatamente fatiados, e trazida a parte de sua preferência: a parte de trás era a parte mais preferida, também a mais cara e a mais doce, era vendida como carne de vitela.
*  *  *
Os meses se passaram até que o gosto por tal comida impregnou nossas mentes. Enfim, ao retornarmos, finalmente, para New York, o desejo por tal carne manteve-se vivo.
Big Jack e eu, a fim de matarmos o desejo por carne humana, raptamos duas crianças, uma de onze, e a outra de sete anos, e as mantínhamos amarradas e escondidas em nosso quarto.
Todos os dias e todas as noites, Jack as espancavam e torturavam, a fim de amaciar suas carnes.
Imediatamente ele matou o mais velho, porque tinha o traseiro mais gordo, e logicamente mais carne. Devoramos toda a carne de seu corpo, exceto sua cabeça, ossos e tripas. Nós os comíamos assado, ensopado, refogado, escaldado, etc. Era uma iguaria como jamais vista, de um sabor indescritível. O menor também teve o mesmo destino, nos proporcionando, por alguns dias, um belo banquete de carne humana!
Após estes, outros sequestros e assassinatos se seguiram, tanto que logo a polícia estava em nosso encalço. Decidimos, então, abandonarmos o navio e fugirmos para uma ilha deserta, a fim de esperarmos por um clima melhor.
*  *  *
A ilha era pequena, nela tomávamos água de coco e caçávamos alguns pequenos animais.
A fuga do navio ajudou-nos também a despistarmos a polícia, fazendo-os crerem que tínhamos caídos bêbados do navio.
E por mais que caçássemos, o sabor da carne humana era insubstituível, por isso, matei e devorei meu querido e velho amigo, Big Jack.
Conto baseado no conteúdo da carta do canibal, e Serial Killer americano, Albert Fish (1870 – 1936), dada à mãe de uma de suas vítimas. Demonstrando que, muitas vezes, a realidade supera as histórias mais bizarras, como estas.
Se você se assustou com as ilustrações acima, saiba que não são de verdade, trata-se de doces feitos de massa, chocolate e nozes, feitos pelo tailandês Kittiwat Unarrom.


          

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