Nada descreve o
horror de Ageu Pazoud e o meu quando passamos pelo Portal, ontem à noite, e nos
deparamos com os inéditos tambores evangélicos do espaço, furibundos em roda de
desejo operário. Os bigodes peruanos da Tiazinha me desidratavam de desejo
insuspeito: - "Voouu reezaar poor vooêê. Quaal éé´oo seeuu noomee?".
Não passava uma agulha. Ruim era o medo de nos cercarem e gritarem: -
"Pega". O Ageu tentava não gaguejar na esperança de convencer um
garotinho inquisidor que insistia nebulosamente que ele aceitasse Jesus mais
uma vez "só pra conferir se era verdade". Antes de sairmos correndo
dali, a Tia pergunta o meu nome com a voz mais rouca, queria rezar muito por
mim, mas só tenho culhão de responder: - "É Zenaldo".
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