Sou mais que carne, ossos, veias, unhas, sexo.
Sou feita de ausências...
Ausência pontuda, as vezes longas e doloridas.
Minha extensão é toda espinhos rompendo a pele
Vindos dos meus escombros, debaixo da alma.
Não há calma, sempre taquicardia.
Nunca é dia, ninguém se aproxima
Do breu, da noite que me tornei.
Me arrasto no movimento quase intangível dos meus passos,sobre o chão liso demais, das faltas mais fundas.
Dentro da minha noite aguda todos dormem pra sempre,
Mudam de posição, sofrem seus espasmos noturnos,
Sonham descaradamente.
Diante de meus olhos insones.
Diante da minha fome
Da minha estranha arquitetura,
Sou feita de ausências...
Ausência pontuda, as vezes longas e doloridas.
Minha extensão é toda espinhos rompendo a pele
Vindos dos meus escombros, debaixo da alma.
Não há calma, sempre taquicardia.
Nunca é dia, ninguém se aproxima
Do breu, da noite que me tornei.
Me arrasto no movimento quase intangível dos meus passos,sobre o chão liso demais, das faltas mais fundas.
Dentro da minha noite aguda todos dormem pra sempre,
Mudam de posição, sofrem seus espasmos noturnos,
Sonham descaradamente.
Diante de meus olhos insones.
Diante da minha fome
Da minha estranha arquitetura,
Chamas,
incêndio, sirenes...
E aqui no peito a solidão, e lá fora só o silêncio!
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