quarta-feira, 27 de abril de 2016

OS SEGREDOS DOS PORÕES DO VATICANO - Parte I: Os Documentos Secretos do Vaticano



OS SEGREDOS DOS PORÕES DO VATICANO - Parte I
Vaticano é o nome de uma colina situada na parte noroeste da cidade de Roma, Itália, onde foi construído o templo mais importante da religião cristã, a Basílica de São Pedro. É também o lugar onde se encontra o papa, o maior líder da religião cristã.
Com a oficialização do cristianismo — então uma religião perseguida pelos imperadores romanos — feito pelo imperador Constantino, em 325 depois de Cristo, deu-se a construção de inúmeros templos cristãos ao longo do Império Romano. E como forma de impor a nova religião, muitos templos de deuses pagãos foram destruídos e em seus lugares foram construídos templos cristãos.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

O GAROTO QUE AMAVA UMA SEPULTURA


O GAROTO QUE AMAVA UMA SEPULTURA
Um Conto Maravilhoso do Irlandês Fitz James O'Brien (1828-1862), que Conta a História de um Garoto que tem apenas um único Amigo no Mundo... um Túmulo onde Repousa outra Criança.
BEM LONGE, no coração de um país solitário, havia uma velha e desolada igreja. Em seu adro já não mais se enterravam os mortos, porque o campo santo já havia exaurido a sua missão há muitos anos. Agora, a relva crescida alimentava algumas cabras errantes que escalavam os muros em ruínas e percorriam o triste deserto de sepulturas. O cemitério era delimitado por salgueiros e ciprestes sombrios e o seu velho e enferrujado portão de ferro,  que nunca ou raramente era aberto, gemia em suas dobradiças quando o vento o açoitava, como se alguma alma perdida, condenada a vagar nesse lugar desolado, estivesse balançando as suas barras e lamentasse a sua terrível prisão.

domingo, 17 de abril de 2016

EDGAR ALLAN POE PREVIU AS LOUCURAS DE UM SERIAL KILLER



EDGAR ALLAN POE PREVIU AS LOUCURAS DE UM SERIAL KILLER

Muito tem se discutido sobre o grande poder da literatura de ficção científica de prever novas invenções e descobertas humanas do mundo real. Assim, vez por outra, alguém lembra que Júlio Verne em seus livros foi capaz de antecipar a ida do homem à lua, de prever submarinos com a capacidade de percorrer grandes extensões de oceanos, etc.


Este poder de prever o futuro não está apenas na ficção científica, curiosamente, se encontra também em uma parte da literatura, que poucos diriam possuir esse poder: a literatura de terror, e, especificamente, na literatura do famoso escritor americano Edgar Allan Poe.



Edgar Allan Poe (1809 - 1849) foi um escritor que em sua obra deu vida a personagens que se situam na tênue linha entre a razão e a loucura, entre o real e o ilusório. E em grande parte de suas histórias, ele emprestou a seus personagens sentimentos experimentados por si próprio. A morte do outro, por exemplo, um tema tão recorrente em sua obra, foi vivida de forma bastante trágica por ele, por meio da morte de pessoas queridas suas, que se foram cedo em sua vida: a morte de sua mãe, de sua madrasta, sua irmã e sua esposa.


Seus contos são um verdadeiro mergulho nos medos e desejos mais obscuros do ser humano.


Seu conto “O Coração Delator” conta a história de um homem que mora junto de um velho senhor, que é cego de um de seus olhos; um olho com a cor azul pálido e coberto por uma película leitosa.




O olho do velho começa aos poucos a influenciá-lo, causando-lhe uma estranha mistura de medo e fascínio. Até que o homem mata o idoso, enterrando-o sob o chão de madeira da casa.


Policiais desconfiados com o sumiço do idoso vão a casa dele. Ele convida-os para entrarem, sem nenhum traço de medo ou arrependimento. E sentado em um banco, sobre o corpo do velho, como um sinal de triunfo e superioridade sobre os policiais, ele começa a mentir para os mesmos. Até que, de repente, ele começa a ouvir o coração do velho bater, batendo cada vez mais forte. O som do coração perturba tanto seu espírito ao ponto de não poder mais esconder seu crime. Confessando aos policias ser o autor do assassinato.




Este conto é um mergulho profundo na mente de um assassino. Tudo está lá: o narcisismo do criminoso, que se julga superior a vítima e aos outros; a desculpa de encontrar no outro a causa do assassinato; a tentativa de convencer o público de que havia alguma razão na morte da vítima etc.


E ao ler um episódio fundamental da vida do serial killer, Edmund Kemper, o matador de colegiais, é impossível não lembrarmos do “O Coração Delator”, de Poe.



Edmund Kemper, nascido em 1948, foi acusado de 10 assassinatos, incluindo o de sua própria mãe. Começou a matar com 15 anos, matando os avós primeiro. Foi estuprador, necrófilo e esquartejador, que fazia sexo com cadáveres sem faces ou sem cabeças, que se especializou em matar colegiais, para as quais oferecia caronas. Impressionante em seu tamanho e peso (2,06 cm de altura e 140 quilos) e com um QI de 145. Continua preso ainda hoje, pela pena de prisão perpétua.


Um dia Kemper decidiu matar sua mãe, com quem não tinha boa relação. Entrou em sua casa sem ser percebido, e a decapitou com um machado enquanto ela dormia. Fez sexo com seu corpo decapitado. Contudo, assim como no conto “O Coração Delator”, sua mãe, mesmo morta, ainda fazia-se ouvir através de seus gritos na mente doentia de Kemper; os mesmos gritos que ela lhe lançava quando brigava e o repreendia quando estava viva. Edmund kemper foi até a cozinha, pegou uma faca, tomou a cabeça dela em seu colo, e cortou suas cordas vocais, na tentativa de calá-la.




Tanto o coração denunciador do conto de Edgar Allan Poe quanto os gritos da mãe de Edmund Kemper representam a consciência pesada de ambos os assassinos. As semelhanças entre o assassino imaginário de Poe e o assassino real, Kemper, não são meras coincidências, mas representa a genialidade de Edgar Allan Poe, que conseguiu conceber com fidelidade a mente de um assassino, com tanta fidelidade, que podemos dizer que Poe previu que haveria um assassino semelhante ao assassino de sua história fictícia.


Dias depois, assim como na história de Poe, Edmund Kemper se entregaria por sua própria vontade aos policiais de sua cidade.

Abaixo, um pouco sobre a literatura de Edgar Allan Poe:



FONTE: Serial Killer - Louco ou Cruel?: Edmund Kemper, o Matador de Colegiais; Ilana Casoy

quinta-feira, 14 de abril de 2016

OS FANTASMAS DO TEATRO DA PAZ

Dizem que quando alguém mantém uma profunda relação com determinado ambiente, e morre, sua alma, por pura afinidade com o lugar, o faz torna-se um morador deste, uma espécie de prisioneiro emocional do lugar. Assim nascem os fantasmas a povoar ambientes abandonados e vazios.

HISTÓRIAS VAMPIRESCAS DE BELÉM - Parte III: Teatro dos Vampiros


HISTÓRIAS VAMPIRESCAS DE BELÉM
PARTE III
Teatro dos Vampiros


Cheguei, mas uma vez, com o fim da tarde ao teatro, sob a doce luz que avermelhava o céu por sobre as mangueiras da cidade, tal qual pálido sangue derramado. Leila ainda não havia chegado, fiquei então a observar a bela estrutura do teatro, sua grande entrada em arcos e colunas neoclássicas; suas escadarias em mármore italiano, que conduziam a um belo saguão, com lustres e grandes espelhos de cristais folheados a ouro, com pisos de madeira amazônica colados, curiosamente, com cola feita da gurijuba, um peixe de nossa região.

O LADO DOENTIO DOS SANTOS CATÓLICOS

O LADO DOENTIO DOS SANTOS CATÓLICOS
Ao longo da história da humanidade, religiosos tem identificado na alma humana o supremo bem, a morada dos deuses, enquanto no corpo estaria o mal, a fonte de todos os pecados, originados dos desejos “inferiores” deste. O corpo humano era visto então como a morada do diabo.
Durante a idade média, época em que os homens tinham uma profunda visão religiosa do mundo, e dirigiam suas vidas, por meio de crenças religiosas e pela superstição, essas ideias se acirraram.  Foi uma época em que alguém poderia ser levado a morrer na fogueira pelo simples fato de não seguir as crenças religiosas da maioria; e em que as doenças do corpo eram vistas como castigo divino, e as doenças mentais como possessões demoníacas.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

HISTÓRIAS VAMPIRESCAS DE BELÉM - Parte II: Lágrimas de Sangue


HISTÓRIAS VAMPIRESCAS DE BELÉM
Leia antes: Histórias Vampirescas de Belém - Parte I

... tentei fugir, mas fui impedido pelo terrível cão que pôs-se a rosnar para mim, foi quando, seguro por dezenas de mãos em horrível estado de putrefação, ela se aproximou de meu pescoço, e estando prestes a cravar-lhe os dentes, acordei assustado dando um grande grito, que ecoou pela sala de concerto, interrompendo a música.   
Agora eu estava de volta ao presente; e estando todos a olhar-me, nos retiramos do recinto, envergonhados, com Leila a dizer-me, em meio a risos: “Sempre dormes em concertos, porém desta vez exageraste, sonhavas ofegante e assustado!”.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

EPITÁFIOS



EPITÁFIOS

Para Quem Sofre de Insônia: “Se o Mundo Recomeçar, Por Favor, não me Acordem”.
Do Marido da Esposa Consumista: “Querida, Deixe-me em Paz, Minha Senha Bancária é r6vf4jy8do9.”
Do Orgulhoso Arrependido: “Se Antes Era Orgulhoso, Hoje estou aos seus Pés!
Do Apressado: “Fiz. Fim. Fui.”
Do Pessimista: “Foi ruim enquanto durou.”
Do Gordo Fã de Dietas: “Em Fim, Magro”.
Do Duvidoso: “Quem lhe garante que eu de fato determinei esta frase para ser gravada aqui?”
Do Poeta da Paz: “Aqui, embaixo da terra, tem alguém que se encantou. Nem foi preciso uma guerra. Foi a paz que o carregou.”
Do Comedor Exigente: “Gostaria muito de poder acreditar que estou indo para um lugar onde existe filé com fritas.”
* Texto de Braulio Tavares, Adaptado ao Blog.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

TRÊS MALEFÍCIOS CAUSADOS PELA RELIGIÃO CRISTÃ À HUMANIDADE



TRÊS MALEFÍCIOS CAUSADOS PELA RELIGIÃO CRISTÃ À HUMANIDADE
Como seria o mundo se o cristianismo não fosse a mais popular religião do mundo? Seria um mundo melhor ou pior do que vemos hoje?
Todo cristão dirá, sem titubear, que a passagem de um mundo não-cristão para um mundo dirigido por valores cristãos de amor ao próximo foi uma grande evolução na história humana. Mas terá sido mesmo uma evolução, já que podemos contrapor a isso fortes preconceitos cristãos, fontes inesgotável de violência ainda hoje?

HISTÓRIAS VAMPIRESCAS DE BELÉM - Parte I: Os Fantasmas do Palacete Bolonha


HISTÓRIAS VAMPIRESCAS DE BELÉM


TODAS AS NOITES ela está lá, com seu longo vestido negro, com sua pele pálida sob a luz da lua, a correr até a beira de um grande precipício para contemplar o mar abaixo, com o vento a esvoaçar seus longos cabelos negros enquanto olha as ondas a se chocar violentamente contra as pedras do cais, e se desfazer em espessas espumas brancas.


De repente, ela vira-se em minha direção, e vem até a mim, e beija meu pescoço docemente... Nesse instante, olha-me nos olhos, e a sorrir, gotas de sangue escorrem de sua boca, como o efeito de um doce beijo de sangue e morte.