O IMPERADOR
CONSTANTINO E A CRIAÇÃO DA BÍBLIA
Após
o livro e, principalmente, o filme, O Código da Vinci, a antiga ideia de que a
religião cristã foi manipulada e até modificada pelo imperador romano Constantino
para lhe servir como instrumento político a fim de manter seu poder sobre o
Império Romano, se popularizou, atingindo camadas bem mais populares da
população, originando desde conversas calorosas em mesas de bar a protestos e
boicotes feitos por religiosos cristãos ao filme e livro citado. Desse modo, aproveitando
ainda da popularidade da questão, o texto presente tem a finalidade de mostrar
o papel que o Imperador Constantino — tido como o primeiro imperador romano
cristão — teve no desenvolvimento do Cristianismo. E para confirmar o que será
dito aqui, tanto fatos históricos quanto bíblicos serão usados.
QUEM FOI CONSTANTINO?
Quando
Flavius Valerius Constantinus — também conhecido como Constantino, o Grande
(272-337) —, era jovem o império romano era governado por dois imperadores em
exercício: Maxêncio, que governava a parte ocidental do império, e Constâncio,
pai de Constantino, e responsável pela parte leste do império; e mais dois
imperadores, que seriam seus substitutos após a morte.
O
imperador anterior, Diocleciano, que havia deixado de ser imperador, em favor
dessa nova forma de governo, havia trazido para perto de si os filhos dos
imperadores citados acima, como garantia de que aqueles não quebrassem o
equilibro de poder alcançado no império. Desse modo Constantino foi educado ao
modo do ex-imperador Diocleciano.
Constantino
com o tempo mostrou-se ser um grande e ambicioso guerreiro. E quando
Diocleciano ficou doente, Constantino fugiu para perto do pai. E quando este
morreu, ele foi eleito, espontaneamente, pelas tropas de seu pai, como herdeiro
do trono paterno. Porém Maxêncio não o reconheceu como novo imperador, haja
visto que este lugar já havia sido prometido a Galério. O que levou o ambicioso
Constantino a travar luta com Maxêncio.
Durante
sua mais importante batalha para derrubar o imperador Maxêncio, a Batalha da
Ponte Milvio, uma versão diz que Constantino sonhou, na noite anterior, com uma
cruz e com os dizeres “Sob este símbolo vencerás”. Constantino identificou o
símbolo com a cruz cristã, e logo pediu para que seus soldados pintassem em
seus escudos o símbolo cristão. Constantino venceu atropa de Maxêncio, e passou
a ser reconhecido como um dos imperadores romanos.
Vale
notar que este fato não é hoje considerado um fato histórico, pois não foi
narrado por nenhum historiador, mas pelo bispo Eusébio de Cesareia, um
religioso cristão famoso por não diferenciar em seus escritos fato histórico de
lenda.
Constantino
então fez um acordo com o sucessor de Maxêncio, Lícinio, cedendo uma de suas
irmãs para tornar-se esposa deste, e com Lícinio, permitiu que a religião
cristã tivesse livre culto em todo Império Romano, ao lado de outras religiões
pagãs, acabando com a perseguição aos cristãos.
Com
o tempo, Constantino não se conteve em apenas ser um dos imperadores, ele
queria ser o único. E assim travou guerra com seu cunhado, vencendo-o e
mandando matá-lo, apesar da clemência de sua irmã para o marido.
Constantino
converteu sua família ao Cristianismo. Porém, isto não foi capaz de impedi-lo
de mandar matar seu filho, supostamente, por assediar a madrasta, e a esposa, por
ter posto falsamente o pai contra o filho.
CONSTANTINO FOI CRISTÃO?
Embora
Constantino tenha permitido a conversão de sua família ao Cristianismo —
religião de sua mãe e dado até o nome de Christus ao seu primeiro filho, que
ele mandou matar — há muitos indícios de que ele não professou a fé cristã; e
usou-a apenas como instrumento político.
Constantino
deve ter aprendido com os anos que lutou ao lado de Diocleciano, que a religião
era fundamental para manter a unidade do estado e o poder dos imperadores
romanos, motivo que levou Diocleciano a travar luta com religiões que não
faziam parte do império romano, como o Cristianismo.
Constantino
também travou contato com o Mitraísmo e uma variante deste, o culto ao Deus Sol
Invictus.
É
muito provável que Constantino se manteve fiel a suas antigas crenças
religiosas de quando era soldado, mesmo privilegiando a religião cristã, até
sua morte. Uma prova disso é o fato histórico de que ele só foi batizado somente
no leito de morte. Talvez, como uma imposição não dele.
Leia Também: O Imperador Constantino e a Criação da Bíblia - Parte II
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Boa noite. Quais as fontes de origem primária que corroboram com isso?
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