RELATOS VERÍDICOS SOBRE VAMPIROS
DA HUNGRIA
Bem
antes do escritor irlandês Bram Stoker criar sua versão moderna do vampiro, por
meio de seu famoso livro Drácula, publicado em 1897, histórias de vampiros
sugadores de sangue há muito tempo antes já apareciam em lendas, contos
populares, histórias folclóricas, e também como sinais em restos humanos de antigos
cemitérios em vários países da Europa, que ostentam cabeças humanas decepadas e
postas entre as pernas do suposto vampiro, como um meio de fazer com que o
morto-vivo não saísse de sua sepultura para sugar o sangue dos vivos. E estas
sepulturas estão aí, cada vez mais sendo descobertas, para provar como a
questão era levada a sério.
Evidência de Ritual Anti Vampirismo na Polônia |
O
escritor francês Charles Nodier (1780-1844) anotou algumas dessas lendas provenientes da
Hungria, país que faz fronteira com a mítica região da Transilvânia e o antigo reino
da Valáquia, que no séc. XV fora comandada pelo sanguinolento Vlad Tepes, o
empalador, título originado de seu gosto por sacrificar seus opositores
enfiando em seus corpos estacas de madeiras enterradas no solo, que, como o
pai, pertencia a Ordem do Dragão, Dracul em romeno, uma organização cristã que
impedia a invasão da religião islâmica. Dracul, dragão em português, originou o
termo Drácula, e que foi uma das inspirações para o romance de Bram Stoker.
Conta-nos
Charles Nodier em seu texto "Relatos Verídicos Sobre Vampiros da Hungria":
Um
soldado húngaro estava hospedado na casa de um camponês da fronteira. Certo
dia, quando comiam juntos, o soldado viu entrar um desconhecido que se sentou à
mesa, junto a eles. O camponês e sua família ficaram terrificados com tal visita.
Já o militar, que ignorava o que se passava, não sabia a que atribuir o pavor
que tomava essas boas pessoas. Mas, no dia seguinte, quando encontraram o dono
da casa morto sobre a cama, o soldado soube que fora o pai de seu anfitrião –
este morto e enterrado há dez anos –, que tinha vindo sentar-se à mesa, ao lado
de seu filho, e desta forma lhe havia anunciado e causado a morte. O militar
participou ao seu regimento o acontecido. Os generais enviaram um capitão, um
cirurgião, um auditor e alguns oficiais para apurar o fato. As pessoas da casa
e os habitantes da vila declararam que o pai do camponês havia voltado para
provocar a morte do filho, e que tudo o que o soldado havia visto e contado era
absolutamente verdadeiro. Por conseguinte, mandaram desenterrar o corpo do
vampiro. Encontraram-no no estado de um homem que acabara de morrer e com o sangue ainda quente.
Cortaram-lhe, então, a cabeça e lançaram-no novamente no túmulo. Depois dessa
primeira expedição, os oficiais foram informados de que outro homem, morto há
mais de trinta anos, frequentemente aparecia, e que já se havia apresentado
três vezes em casa, na hora da ceia. Na
primeira vez, havia mordido o pescoço do próprio irmão, dele extraindo muito
sangue; na segunda, fizera o mesmo a
seus filhos; um criado havia sofrido o mesmo assédio quando da terceira vez.
Essas três pessoas haviam morrido em consequência de tais ofensas. Esse
fantasma desnaturado foi também desenterrado. Encontraram-no tão cheio de
sangue quanto o primeiro vampiro. Enfiaram-lhe uma grande estaca na cabeça e o
cobriram com terra. Quando a
comissão achava que liberara
a população do assédio dos vampiros, chegaram, de toda parte, denúncias contra um terceiro vampiro. Esse, morto
há dezesseis anos, havia matado e devorado dois de seus filhos. O terceiro
vampiro, considerado o mais terrível de todos, foi queimado. Depois dessas
execuções, os oficiais deixaram a vila totalmente em calma e livre de ressurretos
que bebiam o sangue de seus filhos e amigos.
Se
diferente das histórias acima seu problema não é ser um vampiro mas como
caçá-los, aqui vão a dica de alguns bons kit’s caça-vampiros da época para você:
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