terça-feira, 7 de julho de 2015

LUÍZA, A VAMPIRA



A "lua boia no céu, imensa e amarela... Tão redonda é a lua; como flutua: vem navegando no azul do firmamento; e no silêncio lento", cheio de estrelas, alguém passeia a espreita, a procurar por algo em um velho cemitério.

­­— "Acorda amor"... — sussurra, após cavar um túmulo recente. — "Que eu sei que embaixo desta terra ainda mora um coração".
E estendendo a mão ao cadáver de Luíza, seu grande amor, ele lhe diz:
— "Vem cá, Luíza. Dá-me tua mão. O teu desejo é sempre o meu desejo. Vem me exorciza. Dai-me tua boca"...
E ao abrir os olhos, Luíza crava-lhe os dentes em seu pescoço. Porém, "um raio de sol nos seus cabelos; como um brilhante que partindo a luz lhe explode em sete cores. Revelando então os sete mil amores; que ele guardou somente pra lhe dar Luíza".



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