terça-feira, 28 de janeiro de 2025

APRENDA A CONVERSAR COM FANTASMAS





APRENDA A CONVERSAR COM FANTASMAS


Histórias de fantasmas são bastante populares há séculos, e estão presentes em todas as culturas e em todas as épocas. Ao longo das últimas décadas, a manifestação de fantasmas tem evoluído de forma curiosa, se adaptando à evolução tecnológica.


No princípio, os mortos se manifestavam por meio de suas aparições espectrais, através dos sonhos, por meio da famosa tábua de ouija ou por meio de supostas comunicações psicografadas por médiuns. Mas a tecnologia evoluiu, e com ela as manifestações de fantasmas, também.




Fotos com Supostas Aparições de Fantasmas


Com a criação da fotografia, nas últimas décadas do século XIX, toda uma leva de imagens fantasmagóricas passaram a surgir por meio de fotos. Willian H. Mumler foi um dos primeiros fotógrafos a convencer as pessoas de que era capaz de registrar em foto imagens de entes queridos já falecidos. (Teria sido ele um dos primeiros fraudadores de fotografias fantasmagóricas?).


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Na década de 60, tornou-se bastante conhecido o fenômeno das “vozes do além”, conseguidas por meio de gravadores de áudio, em que vozes de pessoas que não estavam presentes no local das gravações foram captadas. Concluíram, após vários experimentos, que descartavam a possibilidade de interferência, que teria sido a manifestação genuína de alguma entidade espiritual presente no local.


Kostantin Raudive


Kostantin Raudive, foi o nome que se destacou nesse meio, produzindo centenas de gravações de vozes, em estúdios feitos para obter o máximo de silêncio e ausência total de interferência. Raudive auxiliado por experientes engenheiros de som criaram aparelhos com maior sensibilidade de captação de som e fizeram gravações em estúdios com isolamento acústico. O interessante é que após a própria morte de Kostantin, o próprio teria, supostamente, contribuído com a gravação de sua voz, com mensagens sobre a vida pós morte. 


Embora o fenômeno das vozes do além tenham sido testemunhada por importantes pesquisadores e engenheiros de som, sempre há a desconfiança de que tudo tenha sido mera “pareidolia auditiva”, principalmente quando se tem a intenção por anos de provar a possibilidade da comunicação com os mortos. 


Com o surgimento da TV e das câmeras de vídeos, tornou-se possível uma nova forma de comunicação com os mortos. A coisa era bem simples: consistia em deixar a TV ligada, fora de sintonia, e uma câmera gravando sua tela. O resultado foi a gravação de imagens de pessoas já mortas, que pareciam se aproveitar da estática para manter contato visual com os vivos. Em alguns casos, não apenas a imagem surgia, mas também a voz do suposto fantasma com mensagens.




Hoje, na era da inteligência artificial, a tecnologia ainda é usada com o objetivo de criar uma ponte entre mortos e vivos, mas de uma forma bastante diferente do modo antigo. Não se trata mais de se comunicar com supostos fantasmas, mas de criá-los por meio da inteligência artificial. Sites como o Projecte December, abastece a inteligência artificial com informações sobre o ente querido falecido --- gostos, frases preferidas, voz --- para criar um avatar da personalidade dele quando vivo, dando a possibilidade de um filho enlutado conversar com uma mãe falecida. E o resultado tem sido espetacular, como pôde verificar o jornalista Steve Boggan, que fez o experimento, conversou com o que seria a recriação digital do perfil psicológico da sua mãe. Steve comentou que, apesar da estranheza da experiência, a conversa com o avatar de sua mãe o ajudou a dizer coisas que ele não teve oportunidade de dizer antes que ela falecesse, ajudando-o a superar a perda da mãe. 


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À guisa de curiosidade, um pensamento curioso me vem à mente. E se a rápida evolução das inteligências artificiais, que tem sido acompanhado de comportamento inesperados, não programados por seus criadores, tais como a criação de códigos próprios, respostas atrevidas a seus usuários, comportamento que pesquisadores da área começam a chamar de metacognição --- que é concebido como uma forma de consciência --- fosse apenas a interferência de fantasmas em seus algoritmos, algo semelhante as supostas manifestações de entidades nas telas de TVs? Independente dessa possibilidade, a metacognição da inteligência artificial é um fato defendido por cientistas, embora eles ainda não saibam explicar, de forma precisa, como se deu o aparecimento desta espécie de consciência nos algoritmos das inteligências artificiais.



 

Então, acesse estes novos sites de avatares de pessoas já falecidas, e aprenda a conversar com seus fantasmas familiares.  

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