sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

CANIBALISMO NOS ANDES: OS SOBREVIVENTES DO PIOR ACIDENTE DE AVIÃO



CANIBALISMO NOS ANDES: OS SOBREVIVENTES DO PIOR ACIDENTE DE AVIÃO
Em 2002, trinta anos depois do mais famoso e terrível acidente aéreo que já houve, alguns sobreviventes, acompanhados de seus filhos, visitaram o local do acidente, homenagearam os mortos e relembraram aqueles dias terríveis, contando para as câmeras de um documentário sobre suas terríveis experiências durante o ocorrido. O resultado foi o documentário A SOCIEDADE DO GELO, contando a luta pela sobrevivência de 16 jovens e a trágica decisão de se alimentarem de carne humana para manterem-se vivos.

Restos dos Destroços do avião Acidentado

O documentário começa descrevendo a manhã de um belo dia de outubro de 1972, quando deu-se inicio ao voo que levaria jovens jogadores universitários de rúgbi de Montevidéu, capital do Uruguai, até o Chile, para um jogo de rúgbi. Como demonstra o documentário, tudo era diversão para aqueles 45 passageiros, em sua grande maioria, jovens entorno dos 19 anos; a maioria viajava de avião pela primeira vez. Quando o avião sobrevoava o conjunto de montanhas que formam a Cordilheira dos Andes, o piloto advertiu aos passageiros que devido aos fortes ventos de uma tempestade que se formava deveriam se manter em suas cadeiras, já que teriam que enfrentar algumas turbulências. O que não foi atendido por seus eufóricos passageiros, que até viram naquilo mais um motivo para se divertirem. Quando, porém, as coisas pioraram, da euforia os passageiros passaram para a mais angustiante sensação de medo, com o pânico se instalando em todos. O avião então se preparou para um pouso forçado, em uma região montanhosa e com bastante neve, matando alguns de seus passageiros.


Com o passar dos dias, os sobreviventes, que iam perdendo pouco a pouco as esperanças de serem salvos, tiveram que enfrentar o mais duro dos dilemas, até então: para se manterem vivos, devido a comida ter acabado, teriam que comer as carnes dos mortos.


Sem dúvida este é o ponto alto do documentário. O constrangimento, mesmo passado 30 anos, ainda está estampado nos rostos daqueles que sobreviveram ao relatarem seus atos de canibalismo: a princípio a indecisão da maioria em comer carne humana; o pudor em profanar o cadáver de um amigo; o corte feito utilizando pedaços de vidro nos corpos inertes; o esforço em economizar a carne humana; o desejo de alguns por mais carne; o pó obtido raspando ossos humanos para se obter cálcio; enfim, a narração da mais pura degradação humana.

Fotos Tirada por Eles Próprios

Mas também a grande força de vontade de viver de todos os 16 passageiros restantes, de um total de 45, que não se entregaram a morte, e conseguiram, após 72 dias, sobreviver, vencer as montanhas e conseguir ajuda. Este documentário é uma grande lição de até onde vai os valores humanos quando as piores necessidades da vida nos são impostos. Abaixo confira o documentário:



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