3 HISTÓRIAS REAIS SOBRE O VERDADEIRO DRÁCULA: VLAD O EMPALADOR
Quando
o escritor Bram Stocker lançou seu livro Drácula, em 1897, ao mesmo tempo que causou calafrios em seus leitores, criou nestes profunda admiração pelo assustador conde
que vivia em seu castelo medieval na misteriosa e remota terra da Transilvânia; que se
alimentava de sangue humano e exercia fascinante atração nas mulheres, e ao
mordê-las, lhes transformava em mortas-vivas, como ele, sedentas por sangue. A
história virou um clássico. E embora o mito do vampiro se perca no tempo,
presente em muitas lendas de países do leste europeu, Bram Stocker foi buscar
nas histórias de um sanguinário herói romeno inspiração para criar seu famoso
personagem. O nome deste sanguinário herói ainda ecoa nas lendas da Romênia: Vlad Tepes.
A
mais evidente influência está no nome. Drácula vem de “Dracul”, dragão em
latim, nome da ordem Cavaleiros do Dragão, a qual pertencia o
pai de Vlad Tepes, que tinha como objetivo defender a cristandade da
invasão do Império Otomano, muçulmano. “Dracul” também era usado
pelo pai de Vlad como nome, Vlad Tepes então passou a se chamar Draculea, que
significava “Filho do Dragão”, originando o termo Drácula, usado por Bram
Stocker para seu personagem. Com o tempo a palavra “Dracul” passou também a
significar Diabo. Ou seja, Drácula também significava “Filho do Diabo”. Nome
bem sugestivo para um personagem vindo das trevas.
A
região denominada de Transilvânia no livro de Bram Stocker também é real, sendo
uma região da Valáquia, hoje pertence a Romênia, onde Vlad Tepes nasceu em 1448.
Porém, embora o Castelo de Bram tenha se tornado famoso como morada do conde
Drácula, este não pertencia a Vlad Tepes, mas a Mathias Corvino, rei da
Hungria, onde apenas se especula que Vlad tenha sido preso por alguns dias.
A cena em que a esposa de Drácula se joga de uma das torres de seu castelo, presente no livro e no famoso filme Drácula de Bram Stocker, antigos registros afirmam que aconteceu, mas na Fortaleza de Poenari, no vilarejo de Arefu.
Mas
se o verdadeiro Drácula não virava morcego nem tinha o hábito de morder
inocentes pescoços e lhes sugar o sangue, Vlad Tepes tinha um hábito tão
sanguinolento quanto este, e que lhe deu nome. Vlad tinha predileção pela
empalação como sua forma preferida de tortura. Dizem que aprendeu a gostar de
tão terrível forma de tortura quando foi levado junto de seu irmão, Radu, e
entregues ao sultão otomano Murad II, como garantia de que seu pai não se
voltaria contra o sultão. E anos depois, a poria bastante em prática, contra os
próprios soldados otomanos, quando voltou e recuperou o trono da Valáquia, que
havia sido tomado quando seu pai fora morto.
Nessa
altura, você deve estar pensando: “Ah. Então na vida real quem morria com uma
estaca fincada em si não era os vampiros, mas os prisioneiros de Vlad!”. Sim, e
fincada em um lugar bem mais humilhante que o coração!
Vlad
costumava empalar centenas de prisioneiros, e almoçar vendo-os se debater em
terrível agonia. Ele gostava tanto desta forma de tortura que o nome empalador
em romeno foi incorporado ao seu nome: Vlad o Empalador (Vlad Tepes).
Por
fim, após lutar seis anos contra os otomanos, Vlad Tepes sucumbiu aos
seus ataques, abandonando o trono, e adivinhe para quem? Para seu irmão Radu,
que havia permanecido com os otomanos e se tornado um deles.
Vlad
Tepes fugiu para o Império Húngaro, onde se casou, teve filhos e se tornou
parte da família real. Mas sem nunca perder a vontade de recuperar seu trono.
Anos
depois, em 1476, quando seu irmão Radu já havia morrido, Vlad Tepes,
acompanhado por soldados húngaros e com o apoio de seu primo, príncipe da
Moldávia, reconquistou seu reino. Porém, no mesmo ano Vlad morreria
misteriosamente, com historiadores a dizer que foi morto durante batalha contra
os turcos, enquanto outros dizem que morreu em uma emboscada, feita por pessoas
descontente com seu reinado.
Abaixo,
algumas antigas histórias comentadas em seu reino.
Os
Cálices de Ouro de Vlad Tepes
O
nome de Vlad Tepes inspirava tanto temor em seu reino que em cada riacho de
suas terras havia um cálice de ouro para ser usados para matar a sede de
viajantes que cruzavam a região.
E
durante seu reinado nenhum cálice fora jamais roubado. Pois todos sabiam que o
rei Vlad Tepes detestava, acima de tudo, ladrões e sabia como se vingar destes.
O
Teste de Honestidade de Vlad Tepes
Um
dia, um viajante reclamou-lhe que havia sido roubado em meio às terras de seu
reino. Vlad disse-lhe que pagaria sua hospedagem e que no dia seguinte voltasse
para pegar seu dinheiro roubado. E assim fez o peregrino.
Ao
voltar ao castelo, viu ao lado de uma cabeça humana decepada sobre a mesa um
saco com dinheiro. Vlad disse-lhe que contasse o dinheiro. E após o peregrino
contar as moedas de ouro, perguntou-lhe, o rei:
— É
a quantia roubada?
—
Não, meu senhor.
—
Diga-me quanto falta e lhe darei o dobro.
—
Não falta nada, senhor, ao contrário, sobra uma moeda de ouro.
Disse
então Vlad Tepes ao viajante:
—
Vejo que és um homem honesto. Reclamaste que sobra uma moeda de ouro, a qual eu
mesmo pus como teste. E caso não fosses honesto, haveria agora sobre a mesa
duas cabeças decepadas, pois tu seria tão desonesto quanto o ladrão que lhe
roubou as moedas.
Vlad
Tepes Ensina Bons Modos a Monges Cristãos
Todos
que entravam em seu castelo lhe reverenciavam com respeito, com o modo educado
dos cavalheiros: tiravam o chapéu em sua presença. Porém um dia, três monges adentraram
em seu castelo. E ao observar que estes não tiravam seus chapéus em sua
presença, Vlad Tepes pôs-se a repreendê-los. Perguntou-lhes por que não haviam
tirado seus chapéus em sua presença. Disse um dos monges: “Senhor, apenas em
reverência a Deus tiramos os chapéus”. Disse Vlad em resposta: “Pois faço votos
que continuem com tal costume”.
E
para garantir que tal costume não fosse quebrado enquanto os monges
permanecessem em seu reino, mandou que seus servos fixassem os chapéus em suas
cabeças com pregos.
muito bom
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