CONHEÇA A HISTÓRIA DO
TÚMULO QUE CHORA EM CASTRO
A
atmosfera tranquila e acolhedora de Castro guarda consigo um mistério que já
perdura há quase um século. Lenda ou não, a história do túmulo que chora, até
hoje leva centenas de pessoas ao Cemitério Frei Mathias, em busca da sepultura
da menina Mírian Novaes Santos.
Filha
de classe média, Mírian foi uma criança bastante extrovertida e carismática.
Seus pais enxergavam nela um grande potencial justamente por sua capacidade de
conquistar as pessoas com seu jeito dócil e meigo de ser. Seu bom rendimento escolar
também era digno de acreditar em um futuro promissor para a menina. Passou
grande parte da sua infância brincando às margens do Rio Iapó, esbanjando sua
energia e vitalidade.
No
auge de sua pré-adolescência um trágico acidente pôs a perder tudo o que se
esperava de Mírian. Durante uma tarde em sua casa, a jovem, após encerrar seus
deveres escolares, se preparava para sair e brincar, quando inesperadamente ela
se desequilibrou nas escadas, sua queda que lhe custaria muito caro.
Mírian
caiu desacordada e foi encontrada pela mãe que, aos prantos, recolheu sua filha
do chão e imediatamente comunicou ao pai da menina. Com ela já consciente o
casal correu até o hospital da cidade em meio às lágrimas dela, que reclamava
de fortes dores em seu braço esquerdo. Mírian foi prontamente atendida e a
equipe médica diagnosticou a enfermidade como uma osteomielite, que é um quadro
inflamatório que afeta um ou mais ossos, provocado geralmente por bactérias ou
fungos. Além de não ter cura, a doença pode agravar-se quando se difunde pela
corrente sanguínea, podendo comprometer outros ossos e até tecidos do corpo.
A
família de Mírian em conjunto com a equipe médica optou por submeter ela a uma
cirurgia, a fim de cessar as dores insuportáveis que ela alegava sentir no
local. Infelizmente, a intervenção cirúrgica não obteve o resultado esperado. A
partir deste dia, suas perspectivas de melhora se reduziram quase que por
completo, do ponto de vista clínico.
Mesmo
vendo aquela menina carismática de um futuro promissor nesta situação quase que
irreversível, seus pais teimavam em aceitar o inevitável e tentavam de todas as
formas amenizar o sofrimento da filha. Mírian foi regredindo dia após dia, até
que da doença crônica no braço, degenerou-se em um câncer, que dias depois
culminou com a morte dela, aos 14 anos de idade.
Incrédulos
com a irreparável perda, os pais de Mírian não admitiram perder sua filha
querida da maneira como aconteceu. Movidos por esta insatisfação, o casal
ordenou que fizesse uma estatueta de bronze dela. A réplica da menina foi feita
na mesma posição em que ela permaneceu nos seus momentos derradeiros de vida,
sendo deitada de bruços com um dos braços estendidos, a fim de amenizar um
pouco da sua dor. Esta estátua foi posicionada em anexo ao túmulo de Mírian, e
tempos depois foi furtada.
E
até hoje pessoas procuram visitar o túmulo da menina, alegando que dele verte
uma água que teria propriedades de caráter milagroso. Inclusive em períodos
climáticos de seca, a água da sepultura permanece por fluir, levando pessoas a
acreditarem nos poderes sobrenaturais.
* Tirado do Blogdecastro.
* Tirado do Blogdecastro.
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