terça-feira, 10 de outubro de 2017

O ROCK IN RIO 2017 (por Felipe Costa)


O ROCK IN RIO 2017 (por Felipe Costa)


O mês de setembro de 2017 seria uma época especial, aconteceria um grande marco na nossa música, estamos falando de um dos maiores festivais do mundo: O Rock In Rio.


A cidade do rock estaria repleta de grandes atrações; eu não falo de simples bandas, eu falo de DINOSSAUROS DO ROCK, lendas que fizeram parte de nossas vidas e muitas me influenciaram como Guns N Roses, Aerosmith, The Who, The Offspring, Red Hot Chili Peppers, Alice Cooper e etc...



Pet Shop Boys
Os primeiros dias não foram tão favoráveis, a única atração que me chamou a atenção foi o lendário Pet Shop Boys, mesmo assim não sou fã ao ponto de caçar discos, babar ovo pros caras ou até acompanhar pela tv também deixar de sair pra isso (como fiz nas minhas atrações favoritas), mas foi bom. Sendo assim, muitos reclamaram sentindo a falta do Rock no festival, teve até Ivete Sangalo abrindo, algo que pra mim é soado como uma heresia, o primeiro fim de semana do festival não me interessou nem um pouco, mas como tem som de tudo quanto é tipo, há quem goste.


Não estava tão ligado assim porém exatamente na quinta feira eu estava bestando em casa quando minha irmã diz: Felipe, hoje tem Aerosmith e Def Leppard no Rock In Rio...daí eu me empolguei e disse, nossa partiu ficar na sala de casa em frente a tv e se emocionar com os shows clássicos...tudo me pareceu positivo e sim fui conferir o que o festival iria nos proporcionar.


Alice Cooper

As 21hrs desta quinta feira entra no palco o mestre dos mestres, o rei do Rock Teatral que influenciou King Diamond, Marilyn Manson e uma porrada de hordas do black metal, estou falando do Alice Cooper, foi um espetáculo tremendamente absurdo, não faltaram pérolas como No More Mr Nice Guy e Poison do álbum Trash, pra mim o melhor disco de sua preciosa carreira, eu adorei a guitarrista Nita Strauss (Ex The Iron Maidens) sim é uma mulher e muito linda, além de seu talento e presença de palco ela encanta muitos com seu olhar hipnótico, ela é apaixonante, bela loira, show a parte.


Alice Cooper mostrou seu recado á todo o planeta com esse show performático, não faltou a velha guilhotina que corta sua cabeça e o grande boneco gigante na hora de Feed My Frankstein e por último o clássico School´s Out e ainda teve espaço pra Another Brink The Wall do Floyd, um trecho do refrão no meio de School´s Out, sem contar com a participação do mito Joe Perry (Aerosmith) tocando guitarra, tendo também o músico inglês Arthur Brow; Grande show, pra mim um dos melhores concertos dessa edição.


Eu só vou acompanhar aqui os shows que me interessam como também interessam pra maioria dos leitores do Blog Bornal, me recuso a falar de Fall Out Boy, uma banda/show que não me cativou nem um pouco, não gostei.


A cobertura do Multishow está de parabéns, colocando pérolas do Rock nacional para comentar e repórteres de extrema qualidade, sem contar com as entrevistas com os artistas, eu queria era estar no meio dessa galera pra ver tantos ídolos de perto.


Def Leppard
Depois de esperar alguns minutos Def Leppard entra no palco, a banda nunca tinha me chamado a atenção, porém pude parar pra conhecer e digo que o som dos caras é fantásticos, com clássicos que embalaram os anos 80 como Pour Some Sugar On Me, Love Bites, Histerya, destaque pro baterista Rick Allen que toca bateria com um braço só como ele consegue? melhor que muitos por aí que tem os 2 braços e dizem tocar alguma coisa, minha irmã Ana Paula hoje roqueirona por influência minha disse em seu Twitter: "Rick Allen: exemplo de superação, se lembrem dele quando estiverem na merda"; A linha vocal da banda é insuperável, bem sincronizado, afinadíssima, talento é talento...Phil Collen um dos guitarristas tirou onda sem camisa do palco, mostrando o seu físico bombado para delírio das meninas e dos gays de plantão, eu achei foi graça hehe... Outro detalhe é que o Def Leppard já foi NWOBHM e não mandam nada dessa época, queria ouvir algo do disco Hard´N´Dry (um dos primeiros) pelo menos Rock Brigade ou outra faixa, mesmo assim foi bom pra caramba.


Foi massa ver as entrevistas com os artistas no Multishow, sendo que João Gordo e o Jimmy London do Matanza estavam presentes na cobertura, impressionante como o Jimmy é fã de Def Leppard e sabe tudo sobre a banda; O Gordo vestia uma camisa do Alice Cooper e disse que já viu um show dele um tempão atrás, esse sim é considerado.


Didi Wagner comandava a programação, a ex VJ da MTV que apresentava programas como Uá Uá sabia muito bem o que estava fazendo, grande talentosa e competente, Multishow acertou em cheio. Depois de mais de meia hora de espera o show mais esperado por mim vinha à tona, eis que entra o Aerosmith, para meu delírio heheheh, sou suspeito pra falar, se não fosse pelo Aerosmith eu não tava escrevendo nada aqui neste blog e tampouco gostando de Rock´N´Roll, eu tinha 9 anos de idade quando ouvi o disco Get A Grip pela primeira vez através de uma vizinha minha do Panorama 21, é aquele famoso álbum da teta de uma vaca e nela tem um piercing, pirei logo de cara e foi fantástico ver um grande show desse Rock In Rio focado nesse mesmo álbum, hits como Eat The Rich, Cryin, Living On The Edge (uma de minhas faixas prediletas) fantástico mesmo, não faltou também Dude - Looks Like A Lady, Love In An Elevator, Walk This Way, Dream On, Falling In Love, enfim. A Performance de Steven Tyler foi o máximo, com um bigodinho pra lá de peralta ele respondeu a tona, sua voz não envelhece, pruma banda que tá desde os anos 70 na ativa ele ainda responde bastante, o problema é que ele errou algumas letras e deu uns gritinhos desnecessários no meio de algumas músicas, o Joey Kramer pareceu travoso na bateria e o Brad Whitford (Guitarra Base) estava velhaco pra caralho parecia um vovô de todos eles no palco, ele estava bem deslocado mesmo.  Mesmo assim foi um grande show, Joe Perry estava fantástico solando sem fim, todo o Aerosmith está de parabéns!

Sexta feira eu já estava ansioso pelo próximos concertos da noite: Alter Bridge, Tears For Fears e Bon Jovi..Não tive a oportunidade de ver o Alter Bridge que pra mim é uma das melhores bandas da atualidade, pau a pau com o antigo Creed, vou acompanhar depois pelo youtube. E lá se vai mais uma noite, Tears For Fears sobe ao palco! Lembrando que é um dos poucos nomes da new wave que curto, se não o único. O show foi repleto de clássicos que embalaram gerações, sempre rolou Shout, Head Over Heels, Everybody Wants To Rules The World,  Seeds Of Love, etc pelos bares da cidade e foi um prazer ver isso ao vivo na cidade do Rock, sem contar a performance do vocalista Roland Orzarbal, sempre contagiante e irreverente, ele me apareceu envelhecido um pouco, mas os caras estão na estrada faz tempo, são ícones hehe. O cenário do show era apenas o logotipo da banda e não mudava nada, foi algo simples mesmo, fora a versão que fizeram de Creep do Radiohead, eu achei esquisito e não tem nada haver com a sonoridade do Tears For Fears. Seguindo com o espetáculo ainda tivemos direito a Bis com o clássico Shout, engraçado foi ver o Roland dando o microfone pro público nessa hora, algo fantástico de ser ver, Show feito com pura maestria, vida longa ao Tears For Fears.


Bon Jovi
Logo depois tivemos o headliner mais esperado, idolatrado pelas mulheres da cidade do Rock, estou falando do grande Bon Jovi entrando no palco com tamanha irreverência e carisma, porém o seu show deixou a desejar, repleto de músicas desconhecidas e a maioria novas, lógico que rolou Bed Of Roses, Keep The Faith, You Give Love A Bad Name, Bad Medicine, entre outras, mas ele cometeu um pecado mortal ao sair sem tocar Always, é o mesmo que o Iron Maiden não tocar The Number Of The Beast ou o Manowar não levar Battle Hymns, mas teve o Bis e ele encerrou com Livin On A Prayer, não foi o bastante e ficou com um gostinho de quero mais, a Ana Paula (minha irmã) fã declarada do Bon Jovi disse que não ficou satisfeita com o resultado, assim como muitos fãs presentes creio eu, pra mim foi o show mais fraco de todos, poderia ter sido melhor, a última apresentação dele no Rock In Rio passado ainda foi bem mais interessante com direito a participação de uma fã, vocês devem se lembrar!


The Who
Sabadão, dia de um dos momentos mais esperados, o lendário The Who e o incrível Guns N Roses, com direito aos reis dos anos 90 Incubus, confesso que sou fã incondicional do Guns, são que nem o Aerosmith pra mim e me influenciaram bastante na minha trajetória musical.
Bem, quanto aos shows que me interessam eis que o Incubus sobe ao palco, estavam bem entrosados, não faltaram hits como Drive e Wish You Where Here e ainda deram uma palhinha de um som clássico de mesmo nome do Pink Floyd, vocês conhecem; A performance de Brandon Boyd foi show á parte bem carismático e alcançava tons altíssimos, ainda tirou a camisa durante a apresentação, banda bem competente e estão de parabéns. Logo após o Brandon deu uma entrevista no Multishow e disse que gosta de ficar "pelado" durante os concertos e também já tocou com o The Who tempos atrás.


Demorou um pouco pra entrar o The Who, o show mais esperado pela Ana Paula, finalmente a hora chegou depois de esperar quase 40 minutos, os mestres do Rock sobem ao palco, primeira apresentação no Brasil e com a banda prestes a acabar. O grupo comandado pelos velha guardas Roger Daltrey e o mago das guitarras Pete Townshend, o guitarrista não parava de girar o braço tocando guitarra durante o concerto todo, marca registrada dele, quanto aos clássicos? Ah, não faltaram Substitute, The Kids Aren´t Alright, My Generation..o filho do Ringo Starr Zak Starkey espancava o seu kit de bateria, tem o mesmo talento do pai, fora o resto da banda que acompanhava o The Who, só músico fera; O momento que mais me tocou foi a hora de Baba O´Riley, o primeiro single que conheci deles quando eu tinha uns 11 anos, teve um errinho no meio dela, sim eu notei por ser detalhista demais. Fora isso foi um grande show, emocionante ver esses dinossauros do Rock no Brasil, no telão durante o show, aparecia direto a imagem de Keith Moon e de John Entwistle que não estão mais entre nós.
Guns and Roses
Depois do The Who rolou aquela pausa e no horário em ponto entra o Guns 'n' Roses, impressionante que o Axl não cometeu aquela gafe de atrasar tudo, eu até estranhei. O show começou com It´s so Easy e foi o máximo ver Duff Mckagan e Slash juntos de volta, formação quase clássica, me veio um Guns bem entrosado executando tudo muito bem, show com mais de 3 horas de duração, tocaram quase a discografia inteira Used To Love Her, You Could Be Mine, Civil War, Rocket Queen, entre outras, sem falar nas longas Estranged e Coma bem difíceis de levar, foi um prazer ver essas faixas ao vivo. Slash corria pelo palco, solava com virtuosismo e um grande feeling, Duff cantou Attitude do Misfits, teve até espaço para um tributo ao Chris Cornell com a bela Black Hole Sun, ficou maravilhoso na versão deles, como também Wish You Where Here do Floyd assim como o Incubus fez, Paradise City encerrou esse grande show com profunda maestria, o público agitou em peso, muitos fãs do Guns estavam presentes e se ouvia um coro acompanhando todas as faixas...Um dos melhores shows do festival sem dúvida, fui dormir quase de manhã e valeu muito a pena, já quero de novo o Guns no Rock In Rio.


O último dia chegou, nem saí de casa só pra acompanhar, liguei a tv e logo de cara tinha perdido o show do Supla, mas apareceu uma grande revelação pro Metal nacional, o República, que banda heim, gostei de ver, o vocal lembra muito o Matthew Barlow do Iced Earth, grande presença de palco, mereciam estar no festival, a banda toda me conquistou, virei um grande admirador.


Logo após o Sepultura sobe ao mesmo palco e fazendo um grande show repleto de músicas do novo álbum o Machine Messiah, lógico que não faltaram clássicos como Inner Self do meu disco favorito Beneath The Remains, também levaram Arise, Refuse Resist, Ratamahatta e Roots; Sem contar com a participação da Família Lima, pra mim foi algo desnecessário uma banda de barulho como o Sepultura incluir no set violinos e violoncelos, ficou estranho pra mim, se não fosse isso tudo estaria melhor, mas o público respondeu a altura.


Seguindo com uma pequena pausa de 5 minutos, um dos shows mais esperados por mim chega ao palco mundo, The Offspring mermão, ouço a música dos caras desde criança, eu não sabia que eles fariam o melhor show de todo o festival, sim, foi o melhor e muitos concordam. Blitzkrieg Bop torou nos pa´s (preciso dizer de quem é?) daí entram ao palco começando com You´re Gonna Go Far, Kid e o concerto foi Repleto de hits como Staring At The Sun, All I Want, Want You Bad, Have You Ever, Bad Habit, Pretty Fly For A White Guy, Why Don´t You Get A Job, The Kids Aren´t Alright Hit Hat, Americana e a bela Come Out A Play do álbum Smash, o disco independente mais vendido da história..também Can´t Get My Head Around You entre outros, rodas punks começaram a se formar entre o público, a insanidade começou a tomar conta, sem contar com a versão de Gone Away no piano feita pelo Dexter Holland, cuja canção feita para uma falecida ex namorada, os celulares iluminando a cidade do Rock foi maravilhoso, digno de um puta espetáculo, entrou pra história, foi devastador e contagiante, chorei na frente da TV pois Offspring fez parte da minha época do ensino fundamental quando eu estudava no Madre Celeste da Marambaia, nas festas de Halloween sempre rolava Offspring. Um abraço a Dexter e o guitarrista Noodles, como também a Pete Parada um baterista com muita energia, o melhor show do evento todo, não há como explicar, só você sentindo a sensação, foi tão louco que parecia que eu estava lá.
Logo após o Offspring entra o 30 Seconds To Mars, eu não gostei muito deles, porém o ponto positivo é que o vocalista é bem carismático ainda chamou uma pequena parte do público pro palco no final do set list, fora a palhinha de Cowboys From Hell, pra quem gosta deles um excelente show.

Red Hot Chili Peppers
Eu estava esperando a próxima atração: Red Hot Chili Peppers, sim eu sou fã declarado do quarteto e acompanho eles desde moleque, eu estava ansioso do que estava por vir. Chad Smith o batera deu uma entrevista no Multishow dizendo que iam variar o repertório desde o novo até o antigo..enfim, esperamos um pouco e eis que os Chili Peppers vem ao palco para encerrar o Rock In Rio, o set foi repleto de músicas novas do Californication até o The Getaway (álbum novo que não gostei muito), Levaram pouca coisa antiga, só Under The Bridge e Give It Away do Sex Magik o disco que fez eles estourarem, mas senti falta de coisa bem mais primitiva, eles existem desde os anos 80, seria ótimo levarem algo dessa fase. Mas eu gostei de Can´t Stop (refrão fantástico), Snow Hey Oh, By The Way, Tell Me Baby, Californication, Right On Time, fora o cover de now I Wanna Be Your Dog dos Stooges que sempre tocam nos shows, eles adoram punk rock. Sim, encerraram o festival com tamanha maestria, a minha única queixa sobre foi o set list, muita coisa nova, poderiam variar com os mais antigos, não levaram nada do disco Uplift Mofo Party Plan considerado pra mim um dos melhores da carreira.


Bem eis aqui as minhas considerações finais: Foi um grande evento mais uma vez, Roberto Medina está de parabéns.

Aerosmith
Só acho graça de alguns fãs que alegam amar os artistas mas pouco sabem sobre eles, no dia do Aerosmith a repórter do Multishow Titi Muller perguntou a um casal e especialmente pro cara: qual música do Aerosmith você oferece pra sua namorada? o carinha responde: Ofereço "Amazed" aquele do clipe que o vocalista está com um óculos 3D...como assim? hahahaha...não é Amazing do álbum Get A Grip? e desde quando existe esse óculos 3D? hahaha...é cada um. Outro que deram a chance dele cantar algo do Guns N Roses e ainda zoou o repórter cantando outra canção que não tinha nada haver. Saiu uma matéria em um site que muitos fãs do Aerosmith foram entrevistados mas poucos sabiam sobre a banda, teve uma que nem o nome do Steven Tyler sabia, o jeito é conviver com isso e se divertindo muito, mas pra mim fã que é fã vira devoto de seu artista. Mas gostei de um casal que disse via Multishow que começou a namorar por causa dos Chili Peppers, isso pra mim deveria acontecer frequentemente entre todos os rockeiros.


Roberto Medina disse que a próxima edição não será no Brasil, e que venha 2019, falando nisso estou querendo ir nesta edição. Tomara que dê tudo certo e que ele capriche nas atrações mais uma vez, se colocar o Offspring de novo estarei com a presença confirmada.


Obrigado aos leitores do Blog Bornal que sempre acompanham os posts e para aqueles que têm o Rock´N´Roll na veia eu os saúdo, um forte abraço!











Página do Facebook de Felipe Costa: Facebook.

Nenhum comentário:

Postar um comentário