sábado, 11 de junho de 2022

CATALEPSIA: MULHER É SEPULTADA VIVA



CATALEPSIA: MULHER É SEPULTADA VIVA

O maior medo do ser humano sempre foi a morte. Porém, para desespero de nós pobres mortais, esse medo pode sempre ser agravado ainda mais; uma dessas formas que tem perturbado o homem há milênios, é o medo de ser enterrado vivo.


O escritor de terror, Edgar Allan Poe dedicou algumas páginas de seu O Enterro Prematuro a descrever esse terrível medo: “Ser enterrado vivo é, fora de qualquer dúvida, o mais terrível dos extremos que já couberam a sorte de um mortal. Que isso haja acontecido frequentemente, e bem frequentemente, não pode ser negado. Os limites que separam a vida da morte são, quando muito, sombrios e vagos. Quem poderá dizer onde uma acaba e a outra começa? Sabemos que há doença em que ocorre total cessação de todas as aparentes funções de vitalidade”.


CATALEPSIA



Edgar Allan Poe estava se referindo a misteriosa catalepsia, uma rara doença em que os membros se tornam rígidos, se confundindo com o rigor mortis, enrijecimento natural em cadáveres, sem contrações, embora os músculos se apresentem mais ou menos rijos, e a pessoa é capaz de ficar por um longo período consciente, porém imóvel. O que, no passado, originava a ideia de que pessoas supostamente mortas quando revivida, era visto como milagre ou fruto de magia.


Hoje, com a obrigatoriedade de necropsia e embalsamento funerário, que levaria o doente de catalepsia à morte certa, a ocorrência de enterros com pessoas ainda vivas, diminuiu muito, mas não o suficiente para evitar que, vez ou outra, raros casos venha à público.


Um desses casos aconteceu em fevereiro de 2018, na cidade de Riachão das Neves, no nordeste do Brasil.



A senhora Rosangela Almeida dos Santos, de 37 anos, estava uma semana no Hospital Oeste de Barreiras quando, após duas paradas cardíacas, foi declarada morta por “choque séptico”. O enterro se deu no dia seguinte no cemitério de sua cidade natal.


Nove ou onze dias após seu enterro, no dia 28 de janeiro de 2018, vizinhos próximos ao cemitério alertaram a sua família de que estavam ouvindo ruídos e gritos vindo de sua sepultura.


A família com ajuda de populares, quebraram a pequena construção de tijolos e retiraram seu caixão.


Seu corpo estava virado e quente, os tufos de algodão em suas orelhas e nariz foram removidos, e ela mostrou feridas nas mãos e na testa, que foram supostamente causados tentando escapar da sua agonia no caixão. As travas nos lados do caixão em que ela se encontrava foram movidas para cima e, de acordo com o que foi divulgado pela mídia, havia marcas de sangue por todo o local. Uma visão horrível de que todos ainda estão se recuperando.


"Quando cheguei na frente do túmulo, ouvi um suspiro vindo de dentro. Eu pensei que as crianças que brincam lá estavam brincando comigo. Então eu ouvi seus gritos duas vezes, e pouco depois parou", explicou um vizinho que investigou a área.




A mãe de Rosangela, Germana de Almeida, de 66 anos, disse que quando abriram o caixão encontraram feridas em seu corpo que não estavam antes do funeral. "Ela tentou abrir a tampa, até as unhas cairam de tanto arranharem a madeira. Suas mãos estavam machucadas, como se ela tivesse tentado escapar", relatou sua mãe. Ana Francisco Dias, que vive perto do cemitério, disse aos meios de comunicação: "Havia mais de 500 pessoas que vieram ver, muitos tocaram seus pés e todos disseram que não estava frio".


A família acredita que Rosangela foi declarada falecida por engano, e eles relataram o incidente à polícia. 


"Nós não queremos acusar nenhum médico, não queremos causar problemas, mas testemunhamos essa situação e não há outra maneira de alguém ser enterrado e depois de 11 dias ficar quente novamente", disse a irmã de Rosangela, Isamara Almeida. 


O comissário de polícia Arnaldo Monte, que está conduzindo a investigação, disse: "Começamos hoje a tomar declarações de seus entes queridos e outras pessoas." 


"Se necessário, vamos exumar os restos mortais de Rosangela para chegar ao fundo do que realmente aconteceu", concluiu Arnaldo. Um porta-voz do Hospital do Oeste, que declarou sua morte, disse que fornecerá as informações necessárias para a família e as autoridades. "O tempo indicará se alguém deve se responsabilizar por esse evento horrível.” Infelizmente, foi tarde demais para a pobre Rosangela, que agonizou dentro do caixão e não conseguiu ser salva a tempo e em vida.


Texto Adaptado link: paraoscuriosos.com