quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

A MISTERIOSA ORIGEM DO CHESTER



A MISTERIOSA ORIGEM DO CHESTER
Madrugada de Natal chegando. Famílias se preparando envolta da mesa para a ceia natalina. E ele já está lá no centro da mesa, chamando atenção de todos, com seu bronzeado de dar água na boca, no mesmo lugar onde um dia já brilhou o peru de Natal, mas que agora foi tomado por uma ave envolta em mistério. Afinal, o fato de nunca, ao contrário do peru, se ter visto a foto da ave viva, gerou toda uma série de lenda urbana sobre o famoso Chester.



Não faltaram aqueles que, com base no surgimento da moderna engenharia genética, diziam que tal ave era criada em laboratório, que eram mutações disformes com três coxas, com peitos mais protuberantes que o resto do corpo, com a função de se obter a maior quantidade de carne possível, e o maior lucro para a indústria. Havia também a crença de que eram aves que não possuíam cabeça, ou que eram alimentadas continuamente, ao ponto de ficarem tão gordas que não conseguiam se levantarem de pé; sem contar aquelas que afirmavam que estas aves eram criadas em tubos de ensaio de laboratórios, que eram compostas de carnes sem vida, etc.
   
Até hoje o Chester é vendido por uma única empresa brasileira, detentora da marca Perdigão, e durante muitos anos, não se sabe por qual motivo, a empresa evitou publicar fotos da ave viva por décadas. Despertando a curiosidade de porquê não ter nenhuma foto do animal a ser exibido aos consumidores.
 

A verdade é que o Chester não é uma nova espécie de ave, mas uma marca registrada. Soa estranho, não? Mas a ave tem origem em uma linhagem de frango que foi trazida da Escócia para o Brasil em 1980. Poucos anos depois, ele passou a ser comercializado no país como concorrente do peru de Natal da Sadia -- hoje, Sadia e Perdigão pertencem à BRF. 

A produção do Chester se concentra na cidade de Mineiros, em Goiás. O tempo de criação é superior ao do frango convencional: o Chester é abatido quando tem em torno de 50 dias, 20 dias a mais do que o frango, e somente o macho é vendido inteiro por ser maior que a fêmea, enquanto está é vendida em pequenas partes.

O Chester tem como características:
-    É maior que o frango comum;
-    Não tem hormônios, conforme proibição da legislação brasileira; 
-    Tem a carne mais macia;
-    O sabor é mais suave em comparação com outras aves natalinas;
-   70% da carne são concentradas no peito e nas coxas, partes nobres da ave;
-    Tem menos gordura que o frango;
-    Embora venha de uma linhagem de frango escocesa, só é vendido no Brasil;
-    Apesar de só ser vendido no Natal, a produção começa em março.

E como forma de comemorar os 40 anos da marca no Brasil, a empresa responsável pela produção e venda da ave, resolveu terminar o mistério e tornar público a imagem da ave:




Para você ela tem algo de estranho?

Na ilustração também foi usado o frango Dong Tao, do Vietnã, que também não é produto de laboratório, e que dizem ser uma delícia: