terça-feira, 18 de outubro de 2022

A TRÁGICA HISTÓRIA DO PINTO BENJAMIN


 

A TRÁGICA HISTÓRIA DO PINTO BENJAMIN


Benjamin era um pinto como tantos outros, pequeno e desengonçado, que vivia saltitante pelo terreiro. Apenas uma coisa o diferenciava de outros pintos, e que o deixava triste: Benjamin havia nascido de chocadeira. E enquanto outros pintos compartilhavam a companhia de suas mães, Benjamin era solitário e, por isso mesmo, triste. Ficava a olhar os seus companheiros de galinheiro e as mães destes ciscando todos reunidos. Benjamin, então, tentava lembrar-se da sua, se concentrava ao máximo, porém tudo que lembrava era de um lugar quadrado, claro e quente.


Pinto Benjamin Experimentando suas Asas


Os únicos carinhos que recebia era quando dona Josefa se aproximava e jogava-lhe ração e milho. Benjamin aguardava ansioso, todos os dias, por este momento; gostava de ver aquela doce mulher de bochechas rosadas, fazendo trejeitos e gracejos com a boca chamando a todos para a comida. Benjamin adorava tudo aquilo. E lá ficava ele comendo, saboreando o que a doce velhinha lhe havia trazido.


Benjamin Fantasiado


O tempo passou e Benjamin se tornou um belo frango. Agora Benjamin tinha bastante companhia, era disputado por várias franguinhas que passavam lhe provocando, balançando seus rabichos, mas nenhuma companhia se comparava ainda aquela doce senhora que todos os dias continuava a trazer-lhe comida. Benjamin lhe aguardava batendo as asas de felicidade e alegria, e quando aquela velha mão se aproximava dele, ele a acariciava com suas penas, com sua bela plumagem.


Um belo dia, a doce senhora se aproximou para lhe dar comida, com o mesmo assobiar de todos os dias. Benjamin se aproximou daquela velha mão pronto para lhe devolver o carinho, quando a mão lhe atracou o pescoço e lhe torceu por inteiro. Era um dia de natal!




MORAL DA HISTÓRIA: A mesma mão que lhe afaga o pescoço também pode torcê-lo!


sexta-feira, 7 de outubro de 2022

JEFF DAHMER E SUAS LENTES AMARELAS


 

JEFF DAHMER E SUAS LENTES AMARELAS

A Netflix tem causado frisson com sua nova série sobre o serial killer Jeff Dahmer por causar revolta nos parentes de suas vítimas, que reclamam de terem de reviver todo o sofrimento passado. Mas a verdade é que a série fez algo que filme algum sobre Dahmer, ou sobre o tema de assassinos em série, havia feito: ela deu espaço para contar a história das vítimas que sempre foram renegadas apenas a número; também pôs às claras o racismo da sociedade americana que contribuiu tanto para que Jeff Dahmer demorasse a ser pego, pois ele matou, na maioria, negros, provocando pouco caso nas autoridades policiais.


A série também chamou atenção para importantes fatos simbólicos, como o gosto despertado pelo pai de Dahmer no filho pela dissecação de corpos de animais atropelados para serem empalhados — momentos amorosos entre pai e filho que Jeff associou ao ato da dissecação. E que, sem dúvida, levou Jeff Dahmer a associar em sua mente doentia a dissecação dos corpos de suas vítimas como um ato de amor por elas.


Outro fato simbólico importante, é quando Jeff rouba um manequim de uma loja e o leva para seu quarto, e passa a se excitar e praticar atos sexuais com ele. Ato que já demostrava que Dahmer via suas vítimas, assim como o manequim, apenas como um objeto de prazer, e também sua predileção por praticar sexo com alguém imóvel e totalmente passivo, feito um manequim ou um cadáver: um vislumbre de sua necrofilia.




Há também as lentes de contato amarelas que Jeff Dahmer fazia questão de usar. Jeff era fã de vilões de filmes, principalmente de o Imperador Palpatine, do filme Star Wars: O Retorno de Jedi, e o Assassino dos Gêmeos, do filme O Exorcista III.




Esses personagens tinham algo em comum além da maldade, possuíam olhos amarelos quando estavam transformados pelo desejo de causar o mal, Jeff Dahmer imitava-os ao usar uma lente ocular amarela, se identificando com eles, quando o desejo de encontrar uma vítima se tornava insuportável. Porque ele sabia que existia no fundo de sua mente, uma força malévola, um lado escuro de sua alma, que lhe obrigava a matar, dissecar e fazer sexo com as entranhas de suas vítimas.




Teria Jeff Dahmer incorporado à sua personalidade características de seus vilões preferidos?


segunda-feira, 3 de outubro de 2022

JORGE NEGROMONTE: UM CANIBAL BRASILEIRO



Em 2012, na cidade de Garanhuns, distante à 230 Km de Recife, Pernambuco, a polícia encontrou os restos mortais de duas mulheres enterradas no quintal de uma residência habitada por um homem, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, e duas mulheres, Isabel Cristina Pires da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva.