sábado, 26 de setembro de 2020

CONHEÇA NOVA FORMA DE SUICÍDIO: O SUICÍDIO PAGO

CONHEÇA NOVA FORMA DE SUICÍDIO: O SUICÍDIO PAGO

ATENÇÃO: A matéria a seguir não tem a menor intenção de ser um gatilho ou de estimular o suicídio, mas de abordar uma realidade que vem acontecendo e alertar para o fato, que já foi matéria de famosos telejornais; tem também a função de chamar a atenção para o grave problema da depressão. 

A depressão é, sem dúvida, hoje a maior causa de suicídio no mundo. Porém, nem todo suicida potencial tem coragem de tirar a própria vida. Um fato que não é apenas característica de nosso tempo, e que muitos, infelizmente, tentam resolver das mais variadas formas.

Em 1878, no livro Clube dos Suicidas, do escritor escocês Robert Louis Stevenson (1850 - 1894) este conta a história de um clube secreto composto de pessoas que querem se matar mas não possuem coragem. E como forma de contornar tal dificuldade, em cada reunião do clube, duas pessoas são sorteadas: uma terá seu desejo de morte realizado, e a outra, será o matador.

É bem possível, que a solução descrita por Robert Louis Stevenson em seu livro não tenha sido tão distante da realidade do século XIX; um século que, estimulado pelo romantismo, que tomava o suicídio como um elemento importante das obras românticas da época, foi uma época rica em número de suicídio; muitas vezes estimulado também por casos de doenças, e pela pobreza extrema que dominava muitos países, hoje, considerados países ricos e com melhor divisão de renda.

Uma das formas, hoje, que suicidas tem encontrado de contornar as dificuldades do suicídio, é o suicídio pago, que vem aumentando com certa frequência em nosso país.

O suicídio pago consiste em pagar alguém, geralmente um criminoso, para realizar o desejo de morte do suicida. Fico a pensar o grau de sofrimento e desespero que alguém deve estar passando para chegar ao cúmulo de pagar alguém para efetuar sua própria morte. 

Em meio a alguns casos que chegaram ao conhecimento público, destaca-se os casos de Giovana Mathias Manzano e Patrícia Borsato, ambas advogadas.

Caso Giovana Mathias Manzano


Em 2018, Giovana Mathias Manzano, de 35 anos, de Penápolis (SP), foi encontrada morta com três tiros na nuca, ao lado de seu carro queimado, em um canavial;  tendo ao lado uma carta de suicídio. Giovana havia pago duas mil reais a um pistoleiro de apenas 21 anos, que com a ajuda de um amigo, a matou.



Giovana sofria de Síndrome de Borderline, distúrbio que causa terrível instabilidade mental, envolvendo surtos, oscilação de humor e impulsividade.

Caso Patrícia Borsato

Patrícia Borsato era uma advogada que já havia tentado o suicídio algumas vezes. Em dezembro de 2019, ela foi encontrada pela polícia na rua portando um revólver que, segundo ela, havia comprado para se matar, mas que não tinha tido coragem suficiente para tal.

Patrícia estava há 5 meses sumida quando seu corpo foi achado este ano enterrado em um terreno baldio em Eliopolis (SP).



A polícia chegou ao seu corpo quando prendeu seus assassinos, Mateus de Oliveira de 28 anos e Jonathan da Silva de 20 anos, que foram denunciados por informante anônimo.

Os policiais demoraram a acreditar no que os assassinos lhes diziam, que a moça havia encomendado sua própria morte pagando a eles mais de três mil reais.

Patrícia Borsato havia participado e planejado como seria sua morte: havia escolhido o local onde seria enterrada, e até esteve no dia anterior a sua morte no local, enquanto os assassinos cavavam sua cova.

Segundo o que disseram os assassinos a polícia, no dia de seu assassinato, Patrícia se deitou na cova, por livre e espontânea vontade, e foi alvejada com tiros na cabeça.

Em ambos os casos, duas pessoas bem sucedidas em suas profissões, porém com terríveis instabilidades mentais. E se você conhece alguém que esteja passado pelo grave problema da depressão, alerte ela e seus familiares sobre o perigo, e a aconselhe a consultar um especialista.

2 comentários:

  1. Caramba, não sabia disso. E me fez pensar sobre o setembro amarel.

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  2. Bosco passei em casa com esse problema, minha esposa a Eli tempo terrível pelo seu comportamento mudanças de humor, parecendo ser 2 pessoas , mas consegui convencê é levar ao médico ela fez o tratamento é hj é uma passo q leva uma vida normal vamos dizer assim

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