quinta-feira, 10 de maio de 2018

CLUBE DOS 27: TERIA SIDO APENAS COINCIDÊNCIA?


CLUBE DOS 27: TERIA SIDO APENAS COINCIDÊNCIA?
Quando o guitarrista e fundador da banda Rolling Stones, Brian Jones, foi encontrado morto, no fundo da piscina de sua casa, por overdose, em 3 de julho de 1969, para muitos sua morte teria dado início a uma macabra maldição, chamada de o “Clube dos 27”: artistas que morreram aos 27 anos no auge de suas carreiras musicais.


Porém, se quiséssemos apontar um começo para essa estranha coincidência, apontaríamos a morte do músico de blues, Robert Johnson, morto aos 27 anos, envenenado por um marido enciumado, como o início da suposta maldição.


Brian Jones
Logo após a morte de Brian Jones se seguiria a morte de Jimi Hendrix, em 18 de setembro de 1970, Janis Joplin, em 4 de outubro de 1970  e Jim Morrison, em 3 de julho de 1971, tudo ocorrendo em um espaço de tempo de menos de três anos. Aliás, muitas ideias malucas têm sido apresentadas como explicação para a morte destes três ídolos do rock, principalmente para a morte de Jim Morrison. A mais conhecida afirma que ele foi morto pelo FBI, devido Jim ter sido um feroz crítico da guerra entre Estados Unidos e Vietnã e do modo de vida americano. Esta ideia foi fortalecida pela opinião de Bill Siddons, empresário da banda The Doors, que contestou o fato de Jim Morrison ter morrido de ataque cardíaco enquanto tomava banho na banheira em sua casa em Paris, já que Bill Siddons não viu o corpo de Jim, mas apenas seu caixão lacrado, e não havia sido feita autópsia, nem boletim policial, e nem havia encontrado o médico responsável pelo atestado de óbito, tendo o fato por testemunha apenas a namorada de Jim Morrison, Pamela, e o médico que ela não se lembrava dele.

Jim Morrison e Pamela
A teoria de que o FBI teria matado Jim Morrison era também levantada por Ray Manzarek, tecladista do The Doors, que dizia: 
"Janis era só uma mulher branca cantando a respeito de encher a cara e transar bastante, enquanto Hendrix era um negro que cantava 'Vamos ficar loucos'. Morrison estava cantando 'Queremos o mundo e o queremos agora'".
Ray Manzarek, outras vezes também defendia uma outra teoria, a de que Jim Morrison havia pago um médico para simular a própria morte para viver sem o peso da fama: 
"Se havia um cara que teria sido  capaz de encenar a própria morte - pagando a algum médico francês para conseguir um atestado de óbito falso - e colocar sacos de areia com cerca de 70 quilos dentro do caixão e desaparecer em algum lugar deste planeta - África, quem sabe-, esse alguém seria Jim Morrison", disse Manzarek.


Jim Morrison
Após a morte de Jim Morrison, possivelmente, como os demais, por overdose, houve um longo período sem morte de um músico famoso, o que levou o público a esquecer a maldição do Clube dos 27, até que, em 5 de abril de 1994, morria Kurt Cobain, aos 27 anos, no auge de sua carreira, morto por suicídio. O então esquecido Clube dos 27 voltava a dar seu ar de graça; e não ficaria por aí, pois em 23 de julho de 2011, Amy Winehouse seria encontrada morta, aos 27 anos, após o lançamento do estrondoso sucesso do álbum “Back to Black”.

Mas seria a maldição do clube dos 27 apenas coincidência?



O documentário “27: Gone Too Soon”, sobre o clube dos 27, composto de entrevistas com produtores e pessoas do meio musical, alguns que trabalharam com músicos pertencentes ao Clube dos 27, nos ajuda a jogar um pouco de luz nesse grande mistério da música, sem apelar para as dezenas de Teorias Conspiratórias, discute, por exemplo, o suicídio de Kurt Cobain levando em conta que ele tinha três tios que haviam cometido suicídio, e que a depressão, motivo que pode tê-los levado a si matarem, pode ser hereditária, levantando a questão de que não foi mera coincidência.



Um dos fatores apontados para a origem do Clube dos 27 foi o uso abusivo de drogas, que era visto por tais músicos como um modo de abrandar as exigências do sucesso, a grande demanda de shows, vindo daí a relação entre o auge do sucesso e suas mortes prematuras, por overdose; nos ajudando também a entender que o sucesso tem um preço, que muitas vezes leva à depressão, ao excesso de drogas e, em alguns casos, à morte.

O documentário “27: Gone Too Soon” faz parte do conteúdo da Netflix, e vale muito apena dar uma conferida.  

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