quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

MARICLÊIDE, A EVANGÉLICA: UM TESTEMUNHO DE FÉ (de Bosco Silva)


Atenção: Obedecendo ao princípio democrático, em que todos possuem direito de expressão, e tendo recebido severas críticas da leitora Mariclêide em relação ao meu texto “saindo do Armário”, que tem como tema a liberdade de expressão não permitida aos não religiosos, eu publico por meio desta, dando voz aos que não compactuaram com o meu texto, o testemunho de como a verdadeira fé em Deus pode mudar uma vida, de Mariclêide, autodenominada de a “Obreira do Senhor”. E sendo um testemunho, eu preferi publicá-lo do modo que foi por mim recebido, com todos os erros ortográficos. Segue o texto:

(ESCRITO PELA PRÓPRIA)
Sempre tive em conta que o tinhoso sempre usa de todos os artifícios para nos atrair, e que muitas vezes por meio de sua influência somos levados as piores situações como formas de perdermos nossa fé em Cristo. E numa dessas situações fui levada a um antro de perdição, não por minha livre e espontânea vontade, Deus sabe!, mas pela necessidade. Fui trabalhar como caixa de um supermercado, cujo dono era um senhor católico. E como era ingênua!, não sabia do grande mal que poderia vir dali de um mercadinho chamado Mercadinho São Lourenço. E como era cega!, antes que o sagrado poder de Deus ouvesse intercedido por mim e me levado ao caminho correto, a santa IGREJA UNIVERSAL DO CHAMADO DE DEUS. Não via que ali logo na entrada do mercadinho já havia a marca do tinhoso, do Inimigo. Pois anos mais tarde meu bom protetor, o ungido pastor Clodoaldo, disse-me que este é o santo protetor das prostitutas, isso mesmo, dessas mulheres perdidas, como todos aqueles que vivem uma vida sem Cristo.

O lugar era frequentado por todo tipo de pervertidos e tarados, que caminham fora do caminho correto de Deus. E logo nos primeiros dias algo me chamou atenção, avia um homem que todos os dias comprava uma pequena garrafa de pinga, dessa água maldita que o Inimigo usa para perverter as boas criaturas de Cristo, e junto com ela sempre levava um pepino, um pepino grosso e enorme consigo. Ele passava os produtos pela pequena esteira do caixa e ficava comentando com o bendito fruto na mão, de como era groço e grande, e ele sempre esperava me ver pegar naquele legume enorme, e quando eu pegava, ele sempre me dizia: “gostas de verdura, Mariclêide?”, e eu do meu lado, ungida como sou, sempre lhe respondia, como uma boa evangélica, “claro, irmão, são obras do senhor”.

E como evangélica, sei muito bem do que se tratava, era sem dúvida uma criatura perdida, como aqueles rapases com jeitos delicados, que o povão prefere chamá-los de baitolas ou zé ruelas, mas que o povo culto prefere chamar de Omosecsuais, cujo pecado foi o causador da destruição de Sodoma e Gomorra feita por nosso Deus todo-poderoso. Bendito seja Ele! E sem dúvida aquele pepino era um instrumento de sua luchúria, de seu horroroso pecado. E como boa conhecedora das artimanhas do tinhoso via de longe os instrumentos do pecado. Certa vez, um desses rapases, de que falei antes, entrou no mercadinho, e antes de pagar o que comprava, pôs os instrumentos de sua luchúria sobre o baucão, eram três devedes chamados Senhor dos Anéis. Sem dúvida pertenciam aqueles filmes pecaminosos, de que tanto fala o pastor Clodoaldo, e que para melhor conhecer as armas do tinhoso, foi obrigado a assistir em apenas uma noite, disse ele, vinte destes horrorosos filmes. Que sacrifício a um homem de Deus! Pastor Clodoaldo quase sucumbiu, chegando cansado e suado à igreja, mas como homem ungido que é venceu as armas do tinhoso em nome de Cristo, tanto que ainda comentava comigo e com outras irmãs de igreja tintim por tintim de tais filmes. Avia cada detalhes que me arrepiava.

Meu primeiro marido, um homem católico que via com certa desconfiança minhas crenças, e que hoje noto que não poderia mesmo ser feliz ao seu lado, pôs este, não pertencendo a minha igreja, cultuava um Deus fauço, como sempre comentava pastor Clodoaldo, me levava a estas locadoras de vídeos, e enquanto eu escolia filmes religiosos, ele sempre ia para os fundos, a seções de filmes que jamais uma mulher respeitada, como são todas as evangélicas, deve frequentar. Uma noite, ao ir à cozinha tomar água, eis que o pego naquele ato solitário de sua luchúria, com a mão na botija, vendo tais filmes pecaminosos. Minha curiosidade foi bastante forte, confesso, ao ponto de, antes de fechar os olhos, ainda ver o filme por um segundo, digo segundos... tá bom, confesso bom Deus, digo minutos, aquelas cenas horríveis. E após subir e deitar-me, como de costume, deitou-se ele ao meu lado, com um fogo demoníaco, sem dúvida provocado por tais filmes do Diabo. Como ainda não tínhamos filhos ainda, e sabendo que este é o plano de Deus, louvado seja, para todos os casais, sucumbi aos seus desejos, mas não sem antes impô-lo certos limites, que uma boa mulher cristã respeita, pedi para que apagasse a luz do quarto e que não se despisse. E ele acatando isso, me pediu que eu ficasse em algumas posições diferentes da que sempre praticávamos, e que apenas era permitido por minha igreja. Eu como uma mulher respeitada, disse-lhe “não, isto não é digno a uma mulher evangélica”.

E como se não bastace isso, uma outra noite aproveitando-se do escuro e que eu dormia, tentou meter-me por traz, e lembrando as palavras de meu bom pastor, que incansavelmente dizia que aquilo não fora feito para entrar mas apenas para sair, chuteio bem entre as bolas, obrigando-o a ajoelhar-se, e aproveitando que este ajoelhou-se pus a bíblia evangélica em sua frente e obrigueio a converter-se. Mas nada adiantou, e ele continuou um católico masturbador e tarado.

Orgulho-me, ainda hoje, de nunca tê-lo visto siquer nu, embora tenha aberto algumas esceções, hoje, com meu atual marido, o pastor Clodoaldo, que sendo um bom evangélico, um homem temente a Deus, disse-me que sendo a vontade de Deus a procriação, permitiria algumas posições diferentes, que por meio da gravidade, facilitam a procriação. Hoje, trabalhamos juntos na igreja Universal do Chamado de Deus, e temos doze filhos. Por isso irmãos lhes digo o quanto a fé é importante para uma vida.

Louvado seja Deus.

Mariclêide, a obreira do Senhor.   


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