terça-feira, 7 de agosto de 2018

SEIS IGREJAS FEITAS COM OSSOS HUMANOS EM PORTUGAL

SEIS IGREJAS FEITAS COM OSSOS HUMANOS EM PORTUGAL
Logo na entrada a enigmática mensagem “Nós Ossos que Aqui Estamos Pelos Vossos Esperamos”, sobre um portal, recebe seus visitantes com um grande tom de mistério. Ao entrar, o visitante se depara com uma visão macabra, que parece ter o levado às profundezas do inferno, centenas de crânios humanos, empilhados em meio a tíbias, fêmures, clavículas, enfeitam paredes, tetos, tornam-se colunas. São ossos de homens, mulheres e pequenos crânios de crianças a encher a sala, postos em certa ordem por alguém que parece ser um artesão infernal. A visão de tão macabro ambiente dá um tom ainda mais de horror a frase da entrada, pois como diz esta, os crânios que estão ali, que parece encarar cada visitante, com o terrível semblante da morte, estão ali esperando os seus ossos se juntar aos deles.

Mas após toda essa experiência macabra, símbolos cristãos nas paredes demonstra que não estamos no inferno, mas em uma igreja. Trata-se das chamadas Capelas dos Ossos, cujas origens, remete ao século XVII, que usam ossos humanos, e algumas múmias dependuradas em paredes, para lembrar aos vivos que a vida é curta e passageira, não devendo ser desperdiçada com coisas fúteis, mas com a salvação da alma. Tais capelas se espalharam por vários lugares da Europa, em Portugal há 6 destas, com a Capela dos Ossos, que faz parte da Igreja de São Francisco, da cidade de Évora, sendo a mais famosa delas.

CAPELA DOS OSSOS DE ALCANTARILHA

A Capela dos Ossos de Alcantarilha situa-se anexada no lado sul da Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Conceição do século XVI, no centro histórico da bonita freguesia de Alcantarilha, em plena região Algarvia.
O seu interior está praticamente todo revestido e ornamentado por mais de 1500 ossadas humanas, com exceção do trabalho de escultura da figura de Cristo Crucificado datada do século XVI.
Há quem diga, embora sem qualquer comprovativo confiável, que estas ossadas seriam de frades jesuítas que pereceram pela religião.

CAPELA DOS OSSOS DE FARO

A Igreja de Nossa Senhora do Carmo de Faro é uma majeitosa construção barroca com torres que foi finalizada em 1719, durante o reinado de D. João V, que foi financiada (e decorada no seu interior) com ouro brasileiro.
A fachada foi terminada depois do terremoto de 1755, e depois dele, junto ao exterior encontra-se a macabra Capela dos Ossos, construída com ossos e caveiras de mais de mil monges como recordação sinistra da mortalidade.

CAPELA DOS OSSOS DE LAGOS
A Igreja de São Sebastião é um edifício religioso, localizado na cidade de Lagos, em Portugal. O edifício apresenta um altar com talha dourada, um corpo de 3 naves, saparadas por arcadas com colunas dóricas, e capelas laterais e colaterais, igualmente decoradas com talha dourada. Anexada à igreja, encontra-se a Capela dos Ossos, de reduzidas dimensões, no estilo joanino.

CAPELA DOS OSSOS DE CAMPO MAIOR


Adossada à bela Igreja Matriz de Campo Maior, a Capela dos Ossos de Campo Maior é a segunda maior do país, encontrando-se a maior na bem famosa Igreja de São Francisco em Évora
Datada de 1766, a Capela foi construída após a destruição da cidadela com uma explosão num paiol, tragédia onde pereceu mais de dois terços da população, em 1732.
O seu interior está totalmente revestido com as ossadas das vítimas desta tragédia, sendo o pavimento datado já do século XX.

CAPELA DOS OSSOS DE MONFORTE

É mais pequena que as anteriores capelas de ossos. Sendo a sua área muito diminuta – 4,30 metros quadrados. Como as anteriores está revestida no seu interior de muitos ossos e crânios. Encontra-se junto da igreja matriz.

CAPELA DOS OSSOS DE ÉVORA

A Capela dos Ossos é um dos mais conhecidos monumentos de Évora. Está situada na Igreja de São Francisco. Foi construída no século XVII por iniciativa de três monges que, dentro do espírito da altura (contra-reforma religiosa, de acordo com as normativas do Concílio de Trento), pretendeu transmitir da transitoriedade da vida, tal como se depreende do célebre aviso à entrada: “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”.

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