CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NAZISTAS (RESENHA)

CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NAZISTAS (RESENHA)

Se houve na terra algum lugar que se aproximou da ideia de inferno, sem dúvida, esse lugar foi os campos de concentração nazistas, criados durante a segunda grande guerra.

Judeus, ciganos, homossexuais e pessoas contrárias à ideologia nazista chegavam aos milhares, todos os dias, aos campos de concentração criados a partir de 1933, até o fim da grande guerra, e espalhados pela Alemanha, Polônia, Estônia, Ucrânio, Croácia, etc.; estas pessoas chegavam comprimidas em trens lotados, muito além de sua capacidade, em vagões feitos para transportar gado; e como estes animais, estavam indo, sem saber, para o abatedouro.

Assim que chegavam, crianças eram separadas de seus pais, velhos e doentes eram ali mesmo fuzilados, o restante eram levados até grandes banheiros comunitários para tomar banho; lá descobriam que, em vez de água, dos chuveiros saiam gás venenoso, que lhes queimavam os pulmões e as narinas, e que lhes causavam a morte em poucos minutos. Muitos prisioneiros se consideravam privilegiados quando iam para algum campo de concentração em que serveriam de trabalhadores escravos, trabalhando, mal alimentados, até a morte.

São esses pequenos infernos na terra que o documentário Campos de Concentração Nazistas mostram de forma crua e sem censura. O documentário contém cenas gravadas pelas tropas americanas que registraram o que encontraram assim que entraram em tais fábricas da morte, como os famosos campos de concentração de Treblinka, Sobibor, Buchenwald, e outros menos conhecidos, mas não menos terríveis. As cenas são chocantes mostrando prisioneiros raquíticos e doentes, que mal podiam se levantar, alguns se encontravam entre pessoas mortas e grandes amontoados de cadáveres mutilados, em pilhados como lenhas, aguardando serem queimados ou enterrados, e exumações de dezenas de pessoas que haviam sido mortas e enterradas em valas comuns.

Além das cenas chocantes dos amontoados de cadáveres, uma cena me chamou bastante atenção. Durante a retomada do campo de concentração de Buchenwald, as autoridades do exército americano convidaram os civis da cidade vizinha de Weimar para visitarem o local. As câmeras mostram pessoas sorridentes, bem alimentadas e bem vestidas caminhando ao encontro dos horrores do campo. Lá, ao redor de uma mesa, ao ar livre, encontram provas dos horrores que eram praticados ali. Sobre a mesa havia quadros ostentando peles humanas tatuadas, abajurs feitos com pele humana, duas cabeças ressecadas e partes de ossos e órgãos humanos que serviam de enfeites; havia polegares mumificados que serviam de interruptor. Tais objetos macabros pertenciam a Ilse Köhler, esposa de Karl Ottor Koch, general responsável pela administração do campo de Buchenwald.

Ilsa Köhler Durante seu Julgamento

Ilsa, que também ajudava na administração do lugar, adorava açoitar prisioneiros que a encarassem, e com o tempo passou a adquirir obsessão pelas peles tatuadas dos prisioneiros, chegando ao ponto de pedir imediatamente que retirassem a pele de um prisioneiro quando sua tatuagem lhe agradava.

Detalhes das Peles com Tatuagens

Ao verem tais objetos e os amontoados de cadáveres, muitas senhoras desmaiavam, enquanto autoridades do exército nazista, feitos prisioneiros, negavam que tivessem conhecimentos que tais atrocidades aconteciam em tal ambiente.

 
O campo de concentração de Buchenwald, assim como os demais, tinha um grande problema a se lidar: como se livrar dos milhares de cadáveres que se amontoavam em grandes pilhas de corpos humanos. Para tanto fornos de assar pão, haviam sido adaptados para comportar dezenas de cadáveres. Estes fornos eram capazes de cremar 400 corpos humanos em 10 horas.

Documentários como o Campos de Concentração Nazistas da Netflix, embora sejam chocantes, nos ajuda a ter consciência dos horrores cometidos por uma das mais terríveis ideologias já criada, que ainda possui muitos simpatizantes, que acreditam que as crueldades perpetradas nestes campos de concentração nazistas são mentiras, feito para impressionar o público, e que nos leva a refletir sobre os horrores que o orgulho e a maldade humana são capazes cometer.