quinta-feira, 2 de junho de 2016

MEU DOCE SERIAL KILLER: MULHERES APAIXONADAS PELO MANÍACO DO PARQUE



MEU DOCE SERIAL KILLER: MULHERES APAIXONADAS PELO MANÍACO DO PARQUE
Francisco de Assis Pereira ficou conhecido como o "Maníaco do Parque", por torturar, estuprar e matar, cerca de dez mulheres em um parque deserto de São Paulo, onde deixava os cadáveres. Foi preso em 1998. Desde então passou a receber centenas de cartas de mulheres apaixonadas por ele.
Acima, uma das Vítimas do Maníaco do Parque
Alguns anos atrás, Francisco se casou na prisão com Marisa Mendes Levy, formada em história e de família de classe média alta. O casamento não durou muito.
E mesmo sabendo das atrocidades que Francisco foi capaz de cometer com nove mulheres, centenas de mulheres lhe mandavam convites de casamento, mulheres que, com certeza, seriam suas vítimas potenciais.
Diz uma delas: “[...] quero dizer que te desejo todas as noites”. Outra: “Eu te amo, te amo, te desejo, e te quero de corpo e alma.” Trecho de mais uma carta: “Eu durmo sozinha e querendo você aqui”.

Reportagens da Época
Impressionar mulheres não parece ser algo recente para Francisco. Quando foi preso pela polícia, o que mais impressionou as autoridades foi como alguém feio, pobre, sem muita instrução, não portando revólver ou faca, conseguiu convencer nove mulheres, algumas até de classe média-alta e nível universitário, a subir na garupa de uma moto e ir para o meio do mato com um homem que tinham acabado de conhecer. O criminoso explicou: Bastava falar aquilo que elas queriam ouvir.


Francisco dizia-se ser um Fotógrafo, e assim Levava 
suas Vítimas para o meio do Mato, para Tirar Fotos
Francisco cobria todas de elogios, se identificava como um fotógrafo de moda de uma revista importante procurando novos talentos, oferecia um bom cachê e convidava as moças para uma sessão de fotos em um ambiente ecológico. Dizia que era uma oportunidade única, assim, as conquistava.


Algumas das Vítimas do Maníaco do Parque
O que poderia explicar o fato de tantas mulheres se sentirem atraídas por um maníaco e assassino, e mais do que isso, um assassino que sentia uma vontade irresistível de torturar e matar mulheres? Seria o desejo pelo perigo? A tentativa de mudá-lo? A busca pela fama? Ou o desejo visto em tantos donos de cães ferozes, de compartilhar sua ferocidade? Ou ainda um grau elevado de masoquismo?


Foi a procura por uma resposta que o jornalista Guilmar Rodrigues escreveu o livro “Loucas de Amor – mulheres que amam serial killers e criminosos sexuais” (editora Ideias a Granel), onde não apenas é relatado o caso do Maníaco do Parque mas outros assassinos cortejados por mulheres.
Guilmar Rodrigues percebeu que são mulheres aparentemente normais, apesar do título do livro que escreveu sobre o assunto. E que “quanto mais bárbaro, mais o assassino obtém admiradoras, observou Rodrigues. O que explica o fato de o Maníaco do Parque ser o recordista em recebimento de cartas da Penitenciária de Itaí, no interior paulista.
Ele constatou que, entre as fãs do maníaco, há feias e bonitas, pobres e mulheres da classe média, semi-analfabetas e universitárias, solteiras (na maioria) e casadas.
De comum, essas mulheres (ou a maioria delas) tiveram um relacionamento afetivo precário na infância. Muitas sofreram abandono dos pais ou abuso sexual. Elas possuem baixa autoestima e, na maioria dos casos, têm um entendimento infantilizado do amor. São românticas a todo custo.
 “É uma simbiose de marginalizados. Essas mulheres veem o criminoso sexual como um igual”, disse Rodrigues à revista Época.
Pereira foi molestado na infância por uma tia materna e, adulto, foi assediado pelo patrão. Namorou uma gótica que, em uma felação, quase arrancou o seu pênis. Morou por cerca de um ano com Tayná, um travesti, o qual levava dele surra com frequência.
Por conta disso tudo, Pereira afirmou, na época em que foi julgado, ser um psicopata. Hoje ele se diz renegado porque encontrou Jesus.
Rodrigues entrevistou detentos e mulheres que se correspondiam com condenados por crime sexual. Ele falou também com psiquiatras, juízes, promotores, advogados e jornalistas, no total de 80 pessoas.
Não se arrepende de ter-se dedicado por quatro anos um assunto tão sombrio, mas, nas entrevistas, admite ter ficado abalado com a miséria humana”.

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