quarta-feira, 20 de março de 2019

EDGAR, O MAIS ASSUSTADOR BONECO DE VENTRÍLOQUO QUE JÁ EXISTIU

EDGAR, O MAIS ASSUSTADOR BONECO DE VENTRÍLOQUO QUE JÁ EXISTIU
O ano era 1920. As casas de espetáculos de Nova York lotavam em uma explosão de criatividade artística para todos os gostos. E em meio às mais variadas formas de espetáculos, uma estranha forma de arte, hoje um tanto esquecida, o ventriloquismo, atraía bastante público. — O ventriloquismo consiste em um artista produzir voz sem mover os lábios, e com movimentos produzidos em um boneco, dar a impressão ao público de que quem está falando é o boneco, e assim, criando uma conversa engraçada entre ventríloquo e boneco. E entre os vários ventríloquos que praticavam sua arte, McCarthy se destacava, arrecadando cada vez mais público para seus espetáculos.



Havia em seus shows algo além de suas piadas e de sua conversa com seu boneco chamado Edgar que atraia tanto o público. Era, sem dúvida, o próprio boneco; um boneco de ventríloquo como nenhum outro; com uma estranha expressão em seu rosto e com uma boca demasiadamente expressiva. O boneco imitava um garoto gordinho de 9 a 10 anos.

McCarthy jamais deixava alguém se aproximar de seu boneco, muito menos deixar Edgar sozinho durante seus shows. Para os trabalhadores dos teatros era apenas mania, pura superstição de artista. Seu comportamento, mais a assustadora perfeição de seu boneco, com mãos que se assemelhavam a mãos humanas, havia criado no público a crença em um pacto diabólico, acreditando que Edgar se mexesse por conta própria, o que levava McCarthy a obter tal perfeição em seus espetáculos. Para o público, com o tempo, uma atrativa aurea demoníaca passou a pairar sobre seus shows, arrecadando ainda mais curiosos para seus espetáculos.

Uma noite, quando McCarthy viajava para novos shows, ele foi assassinado. A polícia, ao entrar em seu apartamento, o encontrou morto, com o pescoço quebrado e ferido a facadas, e os olhos a um metro de distância de seu rosto, e um baú ao lado, onde se encontrava o boneco Edgar.


Ao examinarem o boneco, um calafrio percorreu o corpo de todos, pois descobriram que na verdade nunca houve um boneco de ventríloquo, mas um boneco feito com o corpo de uma criança morta.

Nunca se descobriram quem matou o ventríloquo McCarthy nem a identidade da criança, muito menos como seu corpo havia sido conservado por tanto tempo.

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